Os números revelam a dimensão que o Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira ganhou em duas décadas. Os indicadores relativos às horas de programação, aos espétaculos, às companhias presentes ou aos países representados mostram como o evento cresceu até se tornar numa referência incontornável do panorama cultural do concelho e da região.
Nesta sua 24ª edição, o festival decorre de 22 a 25 de maio com o Progresso como mote. É um evento construído com imaginação – nas propostas artísticas e nos locais onde são apresentadas; e até no sítio escolhido para a sua apresentação pública, uma lavandaria self-service do centro da cidade. “Estamos num sítio inusitado que combina com a criatividade do festival”, disse o presidente da câmara, Amadeu Albergaria. A lavandaria é também um símbolo de um objetivo assumido pela organização: fazer com que o público possa “redescobrir a cidade”.
Com um orçamento de 500 mil euros, o Imaginarius oferece 120 horas de programação e 43 performances e instalações pela mão de 43 companhias de 17 países. Só um espetáculo é de entrada paga: “TIM - Time Inside Myself”, do grupo belga Alogique, programado para o Cineteatro António Lamoso nos dias 23 e 25.
O evento será também uma oportunidade para a reflexão, desafiou o vereador da Cultura, Gil Ferreira. O Progresso é o tema genérico e tópicos como a tecnologia, as migrações ou a condição das mulheres e das minorias serão lançados a debate, explicou.
Sobre a programação, Telma Luís, gestora do Imaginarius, adiantou que haverá 25 estreias nacionais e 11 estreias absolutas, entre elas nove encomendas, três vezes mais do que na edição do ano passado. A responsável elegeu alguns dos destaques do cartaz, como o espetáculo de encerramento “Le grand mire”, em que a companhia francesa Deus Ex Machina combina teatro com trapézios fixos, dança pendular, números aéreos sobre tecido e videomapping numa esfera insuflável de 200 quilos a 15 metros de altura.