
Aveiro: Obra do Rossio pronta até ao final do ano
No âmbito da programação do Feriado Municipal, a Câmara de Aveiro promoveu este sábado uma visita, aberta à população, à obra do Parque do Rossio, cuja conclusão está prevista para “o final deste ano”, reafirmou o presidente da autarquia, Ribau Esteves.
A empreitada permitirá criar um parque de estacionamento com mais de 200 lugares e uma nova área de lazer à superfície, mas que não escapará aos efeitos da inflação. Apesar de ainda ser cedo para fazer as contas, o edil não esconde que o factura final pode ultrapassar os 15 milhões de euros – a empreitada foi adjudicada por 12.4 milhões de euros.
“O custo final vai ser substancialmente superior ao custo inicial”, reconheceu o líder da autarquia, em declarações aos jornalistas, justificando que essa diferença fica a dever-se a vários motivos. “Por razões de natureza técnica que foram surgindo na obra e também pelo que estamos a viver. E, por isso, o Governo legislou e bem as chamadas revisões extraordinárias de preços para que possamos pagar aos empreiteiros a mais, por força dos custos a mais que eles estão a ter pela crise inflacionista”, argumentou Ribau Esteves.
O autarca fez questão de garantir que o executivo irá “explicar direitinho tudo o que se vai gastar a mais”, recusando adiantar, por ora, um valor final. “Há ainda matéria para tratar e o grande problema hoje é se a incidência das tais revisões extraordinárias de preços vai continuar a afetar a obra até ao fim. Se isso continuar, claramente passará os 15 milhões de euros. Mas já há sinais de a crise desacelerar”, contrapôs.
A pouco mais de meio ano para a conclusão da obra, parece estar já atenuada a polémica suscitada em torno do projeto. “Sempre disse que a principal questão que alimentava essa polémica era o medo. O medo de que a obra fosse causar dano grave ao que se passa aqui à volta, nomeadamente o casario privado onde as pessoas vivem e há casas comerciais”, introduziu o autarca, referindo que, nesta e noutras obras, “a partir do momento em que as pessoas vão vivenciando o resultado final, a experiência que temos tudo é que as pessoas vão aderindo às obras que temos feito”. “E temos o exemplo da Avenida Lourenço Peixinho, que também teve o seu espaço de polémica e hoje, mau grado poder existir alguém que continue a não gostar, há uma reação globalmente positiva ao resultado final”, acrescentou Ribau Esteves. A esta altura, referiu, ainda resta “uma pendência em Tribunal”.