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ABIMOTA: 50 anos a pedalar pela indústria nacional

Empresas Ler mais tarde

A celebrar meio século de atividade, a associação reforça o seu papel como motor de desenvolvimento industrial em Portugal.

Fundada em 1975 e sediada em Águeda, a ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens e Mobiliário – chega aos 50 anos com um percurso marcado pela inovação e por uma constante aposta no suporte técnico e apoio institucional às empresas.

“O melhor balanço é feito pelos nossos associados”, diz Gil Nadais, remetendo para o reconhecimento das empresas o principal indicador do impacto da associação ao longo das últimas décadas. Apesar de tudo, o diretor executivo da ABIMOTA assume que a associação tem tido um papel decisivo. “Tem feito uma caminhada bastante interessante no apoio à indústria, reforçando as suas competências e ajudando os setores que representa a resistir, apresentando novos produtos, e continuando a lutar por melhorar não só a economia regional, mas também a economia do país”.

Em entrevista à Aveiro Mag, Gil Nadais faz questão de destacar a singularidade da associação no contexto empresarial português. “A ABIMOTA não é igual à maioria das associações empresariais cuja ação, apesar de valiosa, limita-se à representação institucional, à formação e ao apoio jurídico. A ABIMOTA, além disto, é um parceiro técnico, com forte componente laboratorial e de suporte às empresas”, sublinha. Entre os momentos mais transformadores, o dirigente aponta a construção da atual sede e laboratório de ensaios e certificação, em 1994, e a ampliação do seu leque de atuação, com o alargamento da associação aos setores das ferragens e do mobiliário metálico, em 2003. Mais recentemente, em 2022, a criação do BIKiNNOV veio complementar a atuação da associação, promovendo a investigação e o desenvolvimento tecnológico.

Com 180 associados ativos – o setor das duas rodas continua a ser dominante, apesar de o mobiliário metálico tem vindo a ganhar expressão –, a ABIMOTA prepara-se para assinalar 50 anos no próximo dia 5 de julho. “Teremos uma visita às nossas instalações, a inauguração de uma exposição alusiva aos 50 anos e o descerramento de uma placa evocativa; seguimos, depois, para o Centro de Artes de Águeda, onde teremos uma sessão solene com algumas homenagens: atribuiremos o título de Associado Honorário a quatro figuras de destaque pelo seu contributo para a instituição e distinguiremos as empresas associadas mais antigas e os colaboradores com maior longevidade na história da associação”, elenca Gil Nadais, descrevendo o gesto de homenagem como “um ato simbólico de gratidão para com o passado e uma maneira de reconhecermos o empenho e dedicação destas pessoas, ao longo dos anos, no trabalho em prol da associação”. Para assinalar este aniversário, a ABIMOTA lançou ainda uma campanha de isenção de pagamento de quotas durante o ano de 2025 para novos associados e uma campanha de 10% de desconto nos serviços disponibilizados pela ABIMOTA para associados atuais. 

 


 

Num contexto internacional instável, marcado por guerras e políticas comerciais imprevisíveis, a ABIMOTA procura oferecer estabilidade e suporte. “Tendo em conta que a grande maioria das empresas com as quais trabalhamos são exportadoras, um cenário de grande turbulência internacional como o que vivemos tem efeitos significativos”, alerta o diretor. Ainda assim, os setores representados pela ABIMOTA têm conseguido manter a resiliência, demonstrando visão de futuro. 

A indústria das duas rodas, impulsionada pelas medidas de anti-dumping da União Europeia – estratégia de proteção das indústrias europeias que fez com que os produtos de origem asiática não mais tenham podido entrar na Europa a qualquer preço –, bem como pela crescente procura de soluções de mobilidade sustentável, tem vindo a recuperar após o pico e a retração motivados pela pandemia. “O setor das duas rodas teve um crescimento enorme na altura do Covid-19. Entretanto, decresceu, mas temos tido notícias de que está a ser relançado, sobretudo no aftermarket. Ainda assim, há que ter em consideração que, nos dois últimos anos, a queda no setor das duas rodas foi inferir a 3%, ou seja, não foi muito significativa”, esclarece Gil Nadais. “Tivemos uma bolha e agora estamos a recomeçar. Atualmente, já estamos com números acima de 2021”, reforça.

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A região de Aveiro, e particularmente o eixo Águeda-Anadia, continua a ser o centro nevrálgico da indústria das duas rodas em Portugal. Apesar da existência de empresas relevantes noutras zonas do país, é neste território que se concentra a maioria da atividade industrial do setor. “A região de Aveiro é, sem dúvida, uma região de referência”, afirma o responsável. Com destaque internacional em diversas áreas – do fabrico de cadeiras de bebé à produção de quadros de carbono, quadros de alumínio por processos robotizados, crenques ou correntes –, Portugal ocupa hoje posições de liderança nesta indústria a nível europeu.

A ABIMOTA está também na linha da frente dos processos de transição digital e de descarbonização. Entre as iniciativas em curso, destacam-se o “Roteiro para a Descarbonização”, que visa a criação de um “guia de boas práticas” personalizado que permita às empresas reduzir progressivamente a sua pegada de carbono até 2050, e a criação de uma plataforma digital na qual as empresas se podem cadastrar e registar os seus consumos energéticos, tendo acesso imediato a informações sobre a sua pegada carbónica. “Com esta plataforma, as empresas poderão ter acesso a relatórios de consumo de acordo com os normativos que melhor lhes aprouverem”, observa o diretor executivo. No plano da inovação, destaca-se ainda a AM2R – Agenda Mobilizadora para a Inovação Empresarial do Setor das Duas Rodas -, um consórcio promovido pela ABIMOTA, que junta 47 entidades e representa um investimento total superior a 213 milhões de euros. “O objetivo é reforçar a competitividade internacional da indústria portuguesa das duas rodas, reduzindo a dependência do mercado asiático, através, por exemplo, do desenvolvimento de 64 novos produtos, processos e serviços com base em conhecimento tecnológico”, avança. 

Com os olhos postos no futuro, a ABIMOTA está pronta para, “pelo menos, mais 50 anos de apoio à indústria e aos empresários”, pedalando em direção a uma economia mais robusta, inovadora e sustentável.


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