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Aveirense Sara Rodrigues nadou 50 quilómetros em três dias

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A nadadora master do Clube dos Galitos conquistou a mais longa prova de águas abertas em Portugal. 

Nos últimos anos, a aveirense Sara Rodrigues tem-se tornado num nome incontornável da natação masterem Portugal. Aos 37 anos, a nadadora do Clube dos Galitos alia a paixão pela natação com as responsabilidades de uma carreira como engenheira química, mantendo um compromisso inabalável com o desporto. Recentemente, conquistou uma das maiores proezas da sua vida: nadar 50 quilómetros ao longo de três dias consecutivos, na “4ª Grande Descida” de Castelo de Bode.  Mas o percurso desta atleta vai muito além desta travessia épica.

Sara Rodrigues começou a nadar ainda em criança, por recomendação médica, devido a um problema reumatoide no joelho. Passou pela escola de natação do São Bernardo até integrar a equipa de competição dos Galitos. Nos anos de formação, foi atleta de eleição, com presença assídua em campeonatos nacionais e resultados de relevo – conquistou por duas vezes o 4.º lugar nos 200 metros mariposa. 

A entrada na universidade ditou uma pausa prolongada, durante a qual esteve afastada da natação. No regresso, já com 28 anos, reencontrou-se com a modalidade que nunca deixou verdadeiramente de amar – agora no escalão master e com uma nova perspetiva: menos pressão competitiva, mas a mesma dedicação e entrega.

Foi neste contexto que, em 2016, se aventurou pela primeira vez nas águas abertas. Fê-lo quase por acaso, para ajudar a equipa a pontuar numa prova nacional. Enfrentou o mar frio de Peniche, com temperaturas a rondar os 17 °C e, apesar do medo inicial, descobriu ali uma nova paixão: “Foi amor à primeira vista.” Desde então, tem vindo a somar participações em provas por todo o país, incluindo a Travessia da Ria a Nado, entre o Largo da Bruxa, na Gafanha da Encarnação, e o Cais da Mota, na Costa Nova, bem como outras travessias desafiantes em barragens e canais com corrente imprevisível.

Em 2023, decidiu inscrever-se no Circuito Nacional de Águas Abertas — um conjunto de mais de uma dezena de provas espalhadas pelo território nacional. O desafio surgiu numa conversa com um atleta de Leiria: participar na 4.ª Grande Descida, uma travessia de cerca de 50 quilómetros, entre 8 e 10 de junho, repartida por seis etapas entre Figueiró dos Vinhos, Dornes, Vila de Rei, Ferreira do Zêzere e Abrantes.

Apesar de um início de época marcado por dificuldades de treino, com o Clube dos Galitos temporariamente sem piscina, Sara traçou um plano de preparação rigoroso: três treinos semanais na água, sessões de crossfit, pilates e um acompanhamento nutricional pensado para a prova. “A alimentação foi um dos maiores desafios”, recorda. Durante a prova, foi necessário repor energias de meia em meia hora com géis, bebidas e alimentos leves, algo a que o seu corpo não estava habituado.

O segundo dia foi o mais difícil, com vento contra e grande desgaste físico. Por momentos, ponderou desistir. Mas o apoio da irmã, Ana Margarida Rodrigues, e da amiga Ana Troia – que asseguraram toda a logística e segurança da prova – ajudou-a a retomar forças. “Se entrar na água, só paro na meta”, ter-se-á comprometido.

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No final, além de concluir os quase 50 quilómetros, superando um verdadeiro teste à sua resiliência física e mental, Sara Rodrigues alcançou o 5.º lugar da classificação geral (sem distinção de género) e venceu na categoria feminina. A proeza confirmou a sua capacidade física, mas sobretudo a sua resiliência: “Foi uma superação pessoal. Pus o foco e consegui atingi-lo”.

Paralelamente ao desporto e à profissão, Sara Rodrigues dedicou-se à música durante vários anos. Concluiu o conservatório em Flauta de Bisel e foi professora de formação musical na Banda da Quinta do Picado, que descreve como uma segunda casa. “Era quase uma terapia”, ilustra com carinho, referindo-se ao contacto com os alunos. Ainda hoje mantém ligação ao meio, agora através de antigos alunos que passaram a coordenar a escola onde ensinou.

Olhando para trás, a nadadora aveirense acredita que a natação deve ser vivida com prazer e equilíbrio, sobretudo no percurso de formação. Defende o espírito dos masters como um espaço onde o companheirismo e a superação pessoal se sobrepõem à competitividade. “Nunca é tarde para voltar à água”, afirma, sublinhando que o mais importante é chegar ao fim de cada desafio. 

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2 Comentário(s)

emanuel vinagre da naia sardo
12 jul, 2025

grande pundonor! parabéns galinácea. grande campeã!

antonio granjeia
11 jul, 2025

a mais resiliente nadadora do galitos e sempres com um sorriso de boa disposição

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