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Rádio Faneca acolhe 34 mil pessoas em Ílhavo. Festival regressa em 2026

Região

O Festival Rádio Faneca decorreu no fim de semana passado, de 6 a 8 de junho, no Centro Histórico de Ílhavo. Na 12ª edição, o 23 Milhas, projeto cultural do município de Ílhavo que organiza o festival, propôs a amizade como tema num ano em que reflete sobre identidade na sua programação anual. Ao longo de três dias, foram mais de 60 os eventos gratuitos, destinados a pessoas de todas as idades, que registaram a participação aproximada de 34 mil pessoas, além das centenas de ouvintes que acompanharam as 30 horas de emissão da rádio do festival, que emitiu em FM, online e também em simultâneo com a Antena 3 num programa especial durante a tarde de sexta-feira.

Numa edição que convidou à celebração da amizade enquanto exercício de resistência, à comunidade como força e à rede de vizinhança enquanto colo, os becos voltaram a encher-se de pessoas com as Histórias nos Becos, cuja criação coube, este ano, a Ana Bento, desafiada a trabalhar a partir dos testemunhos de pessoas imigrantes a residir em Ílhavo e das suas histórias de acolhimento por parte de amigos e vizinhos na comunidade ilhavense.

O projeto Casa Aberta, que acontece desde a primeira edição, e em que os habitantes do Centro Histórico de Ílhavo abrem a desconhecidos um lugar às suas mesas, mas também para desenvolver um projeto artístico, este ano orientado pela cineasta Tânia Dinis, esgotou as inscrições, de forma inédita, em 9 minutos, quando abriram ainda a uma semana do festival. A artista propôs às famílias, lojas, associações e grupos de amigos inscritos que trabalhassem a partir do seu arquivo fotográfico, das memórias com os seus amigos e não só. Os resultados foram percursos expositivos pelos espaços inscritos, com retroprojeção, performances musicais, leituras ou dança.

Também nos becos, na Travessa da Filarmónica Ilhavense e na garagem da Drogaria os Vizinhos, aconteceram os concertos dos encontros PRAIA, que desafiaram dez artistas da plataforma de registo de artistas ilhavenses para criar em conjunto. Desta proposta, resultam três concertos e um registo documental, pelo artista plástico Emanuel R. Marques, cuja materialização será apresentada na Milha - Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo, em novembro, altura em que estes concertos também se repetem: Gabriel Teixeira, Paulo Santos e Pedro Carlos, o trio de Isabel Savitri, Larissa Goretkin e Renata Silva e ainda parte dos Latin 5 com as Soul ID, em fusões que oscilaram entre a folk, o rock, o baile tradicional, a música popular colombiana e a pop. Na 145 Townhouse, alojamento local no Centro Histórico que voltou a juntar-se ao festival, Hasselberg e os Liftoff de Óscar Graça e Feffery Davis apresentaram performances intimistas junto à piscina. A Travessa Filarmónica Ilhavense acolheu ainda o concerto de Maria Café com a participação especial de Manuel Freire.

No Jardim Henriqueta Maia, onde estavam as atividades e jogos tradicionais para os mais novos, bem como um posto de Pulseiras da Amizade personalizadas, em que se pediram centenas ao longo de três dias, aconteceram os concertos e festas do Palco Jardim e do Palco Carlos Paião, onde atuaram Beatriz Pessoa, David Bruno, António Bandeiras, Benjamim, Jorge Palma e Beija Beija Soundsystem. Nota ainda para o percurso do Explorador Florentino, que percorreu os becos com escolas e famílias e para o Mercadinho Porta da Bagageira, para a Venda de Garagem e para o mercado de audiovisual 45 Rotações e Imagem, três eventos em parceria com a Junta de Freguesia de São Salvador.

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Na emissão de rádio, que decorreu durante 30 horas, aconteceram várias entrevistas, programas, uma emissão especial da Antena 3, momentos com as escolas, cerca de duas centenas de discos pedidos e uma conversa sobre a amizade. No Palco Rádio, atuaram Lisa Sereno, Valter Lobo e Tomás Wallenstein, concerto que encerrou o festival. Ao longo das conversas destes três dias, a psicóloga Sara Melo afirmava que é tão fácil amar os amigos porque eles são a verdadeira forma de chegarmos perto da humanidade. De acordo com a vereadora Mariana Ramos, responsável pelo pelouro da cultura, “são os amigos que nos desafiam a fazer sempre mais e melhor, são os amigos que nos desafiam a experimentar, são os amigos que nos forçam a voltar e é neste sentido de pertença, nestes laços que se criam, nesta força gigantesca e indelével que reside o espírito do Rádio Faneca, ponto de encontro e porto seguro”.

Em tempos de desumanização, o Festival Rádio Faneca procura continuar a resistir a partir das ideias de proximidade, reciprocidade e partilha e da cultura como lugar de esperança.

O festival regressa em 2026.

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