Depois de uma última edição especial, em 2020, em que foi o primeiro festival em Portugal a realizar-se num desenho pós-pandémico, o Festival Rádio Faneca regressa às ruas e becos de Ílhavo de 9 a 12 de junho, em quatro dias de festival, e em mais espaços do centro histórico, sob o mesmo mote de sempre: Ílhavo a transmitir alegria.
Passaram dez anos desde a primeira edição do Rádio Faneca, em 2012. Tudo mudou: o tempo, o mundo, os palcos, o lugar das coisas. O festival cresceu, em escala, em espaços, em público, aumentou-se o labirinto estonteante do tabuleiro de jogo que é o centro histórico ilhavense, mas manteve-se a premissa do festival: ouvir o que os outros têm para dizer.
Duas dezenas de concertos, cinco projetos especiais, jogos e atividades para as famílias e a rádio, que é também um palco, e que funciona durante todo o festival, marcam o programa deste ano.
Marta Ren e os Funk You Brass Band, Fogo Fogo, Lavoisier, Rita Red Shoes, Sal, Castello Branco, Expresso Transantlântico e Criatura asseguram os concertos das noites dos dias 9, 10 e 11, que terminam com os djs sets de Samuel Úria e Bunny O’Williams, Brandos Costumes e Jero. Nos concertos dos becos, que acontecem ao longo das tardes do festival, atuam Equinócio, Aníbal Zola, Bia Maria, Galo Cant’Às Duas, Moses Christopher e Jorge da Rocha.
No que diz respeito à programação da rádio, que emite todos os dias do festival das 10:00 às 20:00 em 103.9FM e também online, haverá concertos, conversas e os habituais discos pedidos. Além dos jogos da rádio, que desafiam os mais novos a apresentar e a conhecer a sua dinâmica, há concertos de Labaq, Samuel Martins Coelho, Éme e Moxila, Chica e Rossana. Nas conversas e outros programas, a apresentação do projeto “Se esta rua fosse minha”, do Centro de Documentação de Ílhavo, o podcast Ílhavo Antigo, a Rádio-Novela ao vivo da Quinto Palco e a apresentação do livro de noiserv, com algumas músicas tocadas ao vivo pelo artista.
Já no que toca a projetos especiais, destaque para o projeto de comunidade “Vem pelo jardim”, orientado pelo artista Renato Cruz Santos, que descobre e eterniza os pátios e jardins do centro histórico, para a instalação “Sofá em Mi Maior”, da Amarelo Silvestre, que estará nos becos ilhavenses, para o concerto especial da Orquestra Filarmónica Gafanhense, “Heróis do Mar” e para o projeto da Terceira Pessoa, “Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver o universo”, que interage com o território e com as pessoas que o habitam.
Durante todo o festival, o Jardim Henriqueta Maia terá atividades para as famílias, como a oficina do brincar. No Planteia, há “Jogos Ganhar Futuro”, dos Jogos do Hélder, com desafios sobre sustentabilidade e consciencialização ambiental para os mais novos.
O festival decorre no Jardim Henriqueta Maia, no Planteia, junto à Casa da Cultura de Ílhavo e nos becos do centro histórico de Ílhavo. A entrada é livre.
Foto: Tiago Pinheira