Perante a decisão do governo de Portugal de proibir "atotal da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos", em virtude doalerta vermelho de risco de incêndio - que vigorará entre 00h00 do dia 4 de setembro e as 23h59 do dia 8 de setembro de 2019 - o município da Murtosa foi obrigado a alterar os planos da festa do São Paio da Torreira.
Não obstante a autarquia ter efetuado "variadas diligências junto da Autoridade Nacional de Proteção Civil e da Secretaria de Estado da Administração Interna, no sentido de ser atendida a especificidade do território da Murtosa e a singularidade dos fogos de artifício – no mar e na ria", o governo "manifestou-se intransigente na proibição dos espetáculos", lamenta a edilidade.
Ainda que compreenda "a necessidade de se tomarem medidas preventivas, tendo em conta o risco acrescido de fogo florestal associado às condições climatéricas", a câmara municipal da Murtosa "manifesta o seu veemente protesto pela intransigência das entidades governamentais".
A autarquia presidida por Joaquim Baptista não aceita esta "proibição total e cega, que não atende às caraterísticas de cada território e tipologia e local de realização dos espetáculos de pirotecnia, com claros prejuízos para as dinâmicas sociais e económicas".
Face a este impedimento de realizar os fogos de artifício da romaria de São Paio da Torreira, por estarem dentro do período de proibição, o município promete promover um espetáculo de fogo-de-artifício na Ria, de domingo para segunda (8 para 9 de setembro), às 00h01, e que compilará os dois espetáculos anteriormente agendados.