O Município de Ovar prepara-se para receber, de 23 a 25 de maio, a primeira edição do Circ-Un-Flex – Festival de Circo Contemporâneo, uma nova e ousada aposta cultural que promete transformar a cidade num palco vibrante de acrobacia, teatro, dança, música e tecnologia. A estreia deste festival internacional junta artistas de diversos países e assume-se como uma proposta diferenciadora na cena cultural da região, com espetáculos que vão do auditório às ruas, abordando temas atuais como as relações humanas e os desafios sociais contemporâneos.
Esta nova iniciativa da autarquia quer afirmar-se como uma marca cultural de Ovar e uma referência nacional no universo das artes circenses. Domingos Silva, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, sublinha que o festival representa um passo importante numa “programação cultural diversificada e regular, com propostas para todos os públicos”, e reforça o papel da cultura como motor de desenvolvimento económico, turístico e social. O autarca destaca ainda a “estreia mundial” incluída no programa e a “feliz conjugação entre espetáculos de rua e de auditório”, que espalharão a magia do circo por toda a cidade.
O festival arranca a 23 de maio, no exterior do Centro de Arte de Ovar. Às 21h30, o artista japonês Tatsuya apresenta um espetáculo visual com poi de fogo, bastão e malabarismo de contacto, numa experiência imersiva marcada pela improvisação e sincronização com música. Às 22h30, segue-se a atuação da companhia espanhola Ferrer & Weidman com “Nada”, uma sensível e impactante proposta de teatro aéreo que aborda a realidade dos refugiados, explorando a tensão entre a esperança e o vazio.
No sábado, 24 de maio, o Largo do Palácio da Justiça será palco, às 17h00, do espetáculo francês “Les Poids Des Nuages”, da companhia Hors Surface. A apresentação conjuga circo, dança e artes de rua para explorar as fronteiras reais e imaginárias das relações humanas, desafiando normas e construindo um novo universo poético.
Mais tarde, às 21h30, o palco volta ao Centro de Arte de Ovar com “Furo Lento”, de Rui Paixão, artista português que usa teatro físico e circo para refletir sobre a futura inabitabilidade da Terra e a possibilidade da colonização espacial, num espetáculo que combina crítica e sonho.
O festival encerra a 25 de maio, às 17h00, também no Centro de Arte de Ovar, com a estreia absoluta de “Lost in Translation”, um espetáculo de circo e dança criado em residência artística no mesmo espaço. A performance junta artistas da Estónia, Finlândia e Lituânia e propõe uma exploração caótica e poética de um mundo onde as palavras já não bastam, com o uso criativo de duas rodas de metal, um microfone de teatro e muito mais.
Com esta programação ambiciosa, o Circ-Un-Flex promete colocar Ovar no mapa dos grandes eventos culturais portugueses, trazendo à cidade uma nova dimensão artística que conjuga tradição e inovação num só festival.