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Aveiro Padel: da visão de três amigos a potência nacional na modalidade

Modalidades

 

Nas viagens de carro, regulares, ao Porto para jogar Padel – na altura a dar os primeiros passos em Portugal – Miguel Carmo, João Nunes (Jomané) e Pedro Barbosa fizeram germinar e, depois, crescer, a ideia de criarem em Aveiro um projeto que permitisse a todos os que gostavam da modalidade, ter um espaço próprio para o fazer.

Duas questões eram para eles obrigatórias: que fosse um produto “premium” e que tivesse na sua génese, uma academia de formação. A ideia foi então lançada ao grupo de amigos, desafiando quem quisesse entrar nessa “espécie de cooperativa”, mas no final, o Aveiro Padel foi criado apenas pelos três.

Hoje, quase nove anos depois, o Aveiro Padel tem duas estruturas desportivas distintas, uma central, ao lado do pavilhão do Galitos, clube pelo qual compete a nível federado – e outra na Zona Industrial de Taboeira. No total, são quinze campos de Padel, doze deles cobertos.

Mas, à Aveiro Mag, Jomané e Miguel Carmo, assumem o desejo de no espaço máximo de um ano, se possível ainda durante 2025, terem mais sete campos, a criar numa nova área desportiva, que está em plano e a ser negociada. A ideia é “continuar a crescer, cimentando o papel de referência do clube a nível nacional”.

Um projeto de formação

No início, em surdina dizia-se que o Aveiro Padel iria ser criado apenas para os filhos dos três sócios terem onde jogar. Miguel admite que “também foi a pensar neles” que a ideia surgiu, mas rapidamente fizeram perceber, a quem de direito, “que era uma falsa questão”, pois desde o primeiro dia que a modalidade “se sustentou num projeto de formação bem pensado” e que visava “dar a Aveiro mais uma alternativa de um desporto diferente”.

“A grande aposta foi na formação. Fizemos o que não é comum, que foi contratar logo no início, dois treinadores conceituados para treinar os nossos escalões de base, um deles que tinha sido selecionador nacional brasileiro, no masculino, e de seguida, o que tinha sido o responsável técnico do feminino. Referir que na altura, o Brasil era a terceira potência mundial do Padel”, esclarece Jomané.

O objetivo sempre foi “dar as melhores condições aos jovens atletas”, para “aprenderem com os melhores”, porque essa seria a forma mais fácil para “evoluir” e chegar “mais rapidamente a patamares superiores”, diluindo a questão de Aveiro estar longe do “Porto e de Lisboa”, onde existiam “os melhores clubes”.

Sucesso quase imediato

Com estrutura e projeto o sucesso pode chegar mais rápido do que esperado. Miguel Carmo recorda os números conseguidos o ano passado: “Em 2024 tínhamos quatro atletas no top10 nacional no escalão de sub12; em sub14 conseguimos os três primeiros lugares do ranking nacional; nos Sub16 o número dois nacional; e nos sub18, o melhor jogador e mais dois no top10. No feminino, tivemos a melhor jogadora nacional nos Sub18 e duas nas melhores dez nas Sub14”.

Estes resultados individuais fazem, de acordo com Jomané, que o Aveiro Padel/Galitos seja “provavelmente a melhor potência nacional”, uma vez que o clube “está sempre em finais, tem vários campeões nacionais” e em termos coletivos, sagraram-se, nas duas últimas duas épocas “campeões nacionais de clubes jovens”. De destacar ainda, a presença de Gus Nunes e Henrique Barbosa já a competir no Padel Premium e a estarem no lote dos melhores 150 jogadores mundiais. “São atletas que estão no projeto desde início e que, por isso, também servem de referência aos mais jovens, que percebem que podem, também eles, chegar a um patamar de qualidade”.

“Sabemos que repetir um ano como o de 2024 será muito difícil”, explica Miguel Carmo, essencialmente porque, acredita, o projeto desportivo do Aveiro Padel “tem servido de inspiração para outros do país”, que perceberam que o segredo “é aposta nos recursos humanos, nos treinadores” e o mais normal é que as “diferenças se esbatam”.

A ligação ao Galitos

Tudo o que é relativo à formação federada, o projeto Aveiro Padel está inscrito como Clube dos Galitos, uma ligação “inevitável”, de acordo com os dois responsáveis, que surgiu de forma “natural”, quando perceberam que tinham nas instalações dos “galináceos” a possibilidade mais forte para “uma estrutura central em Aveiro”, que de fácil acesso a todas as pessoas.

“Depois, quando reunimos, naquilo que foi um namoro longo, percebemos que tínhamos também algo em comum, que nos unia, que era o desejo de ser um desporto de formação, com uma academia de referência, premium. Esse foi claramente, o motivo mais forte a aceitarmos ser uma secção do Galitos. É para nós, um orgulho ser parte dessa família”, garante Miguel Carmo.

Por falar nas instalações do Galitos, o responsável avança ainda que até ao verão de 2025, os sete campos serão alvo de melhorias, para se continuar “a prestar o serviço com a qualidade de excelência que se pretende”, para em conjunto com a estrutura da Zona Industrial de Taboeira, se continuar a ter, mensalmente, uma “média de dois mil utilizadores”.

As novas instalações

O crescimento da modalidade a nível mundial tem sido acompanhado em Portugal, e Jomané acredita que “já deixou de ser uma moda”, para se tornar num desporto “consolidado”. Como tal, não se pode considerar surpreendente que se pense em “aumentar a oferta”.

“Quando acabámos as instalações de Taboeira, percebemos logo que já não eram suficientes. Daí que passámos logo a ponderar encontrar mais um espaço, que nos permitisse voltar a crescer e a proporcionar condições de excelência a todos os que gostam de Padel. O processo está em andamento e se tudo correr de forma perfeita, teremos mais sete campos em 2026”, explica Jomané.

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“O que mais nos orgulha é que durante todos estes anos, nenhum dos sócios retirou qualquer dividendo financeiro, porque temos sempre investido o lucro que gera em mais e melhores campos, mais e melhores treinadores, mais e melhores condições de treino para os nossos atletas”, garante Miguel Carmo.

Desporto para toda a família

O que faz com que o Padel tenha crescido tanto em tão poucos anos? Esta é uma das perguntas que muitas pessoas fazem. O segredo, para os responsáveis, está na “facilidade com que se aprende a jogar”, “na possibilidade de se juntarem gerações no mesmo campo, ter um avó a jogar com o neto, contra os pais do miúdo”, e também a “questão social”, uma vez que o Padel cria “naturalmente redes de contacto”, pois basta “subir de nível na modalidade para se começar a jogar com e contra pessoas diferentes”.

Esta questão de níveis e escalões diferentes, para Jomané, é outra das grandes vantagens da modalidade, pois um jogador “que goste e que seja competitivo”, quer estar sempre a jogar “contra jogadores que sejam melhores que ele”, porque isso é que os “faz evoluir e treinar mais”.

O Padel é ou não um desporto elitista? Miguel Carmo considera que não e que, também essa, é outra “falsa questão”. “O problema é comparar-se o valor das mensalidades com os desportos coletivos. Com o futebol, o basquetebol ou o andebol. E essa não é uma comparação justa, porque o rácio aqui é de um treinador para quatro, ou para oito, enquanto numa modalidade coletiva, é de um para quinze, ou para vinte. Por isso, não acreditamos que seja dessa forma. A comparação – para ser justa – tem de ser feita com outros desportos individuais. E mais, e sabemos que somos diferentes neste patamar, todos os nossos atletas sabem que podem chegar às nossas instalações, em qualquer altura, e se o campo estiver livre, que pode entrar e jogar sem qualquer custo adicional. E é bom saber e perceber que os nossos miúdos passam aqui nas férias e ao fim de semana, e jogam quatro ou cinco horas por dia. Eles gostam de aqui estar e nós gostamos que eles aqui estejam”.

 

* Artigo publicado na edição especial de 6º aniversário da Aveiro Mag.  

 

 

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