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Romance nascido dos Balcãs apresentado em Aveiro

Literatura Ler mais tarde

O novo livro de Maria Alice Sarabando e Gisela Simões - “Onde Desaguam os Homens” - será lançado no sábado, no Auditório do Edifício Atlas, em Aveiro. Resultado de uma longa investigação histórica e de uma viagem a Sarajevo, a obra conduz o leitor por um enredo denso que reflete sobre guerra, memória e humanidade.

 

 

O Auditório do Edifício Atlas, na Praça da República, em Aveiro, receberá, no sábado, pelas 16 horas, o lançamento do livro “Onde Desaguam os Homens”, da autoria de Maria Alice Sarabando e Gisela Simões. A apresentação da obra estará a cargo de Maria José Cartaxo.

A génese do romance nasceu de um esboço de enredo de Gisela Simões, que rapidamente encontrou terreno fértil na parceria com Maria Alice Sarabando. “Há ideias que surgem de forma pouco explicável, quase de maneira autóctone. Esta foi uma delas”, lembra Gisela. Já Alice recorda a reação inicial: “pareceu-me tão ambicioso que pensei que não teria pedalada para isso, mas aos poucos fui-me envolvendo até interferir na linha narrativa, na definição das personagens e no questionamento da expressão”.

As autoras vaguenses sublinham o caráter exigente, mas também enriquecedor, do processo de escrita conjunta, que já conta com 18 anos de cumplicidade literária. “Foi uma aprendizagem centrada no cuidado e no respeito pelo que cada uma escreve, subordinada ao propósito maior de uniformizar a escrita sem comprometer a individualidade e o estilo literário de cada autora”, explica Gisela.

Para dar corpo ao romance, as escritoras empreenderam ainda uma viagem a Sarajevo e outros locais dos Balcãs, mergulhando no contexto da guerra da Bósnia. “Foi importante sentir a clausura imposta pelas montanhas que serviram de base ao cerco, ouvir relatos de locais e contactar com a mistura étnico-religiosa da região”, descreve Gisela. Já Alice destaca a investigação exigente: “vi documentários, li muito, cheguei a pedir uma tese de doutoramento a uma universidade brasileira sobre o cerco a Sarajevo. Tivemos capítulos pendurados por faltarem pormenores aparentemente insignificantes. Foi um desafio enorme, muito enriquecedor”.

O resultado é um romance que se distingue pela densidade e complexidade do enredo. “É uma arquitetura narrativa em que cada fio se entrelaça em múltiplas camadas, conduzindo o leitor por um labirinto que mantém a expectativa renovada. Uma mudança de paradigma na nossa escrita até então”, considera Gisela.

Sobre o impacto desejado, Maria Alice Sarabando espera que os leitores “retirem prazer da leitura, vivam dentro da história, amem ou detestem as personagens criadas, sofram ou alegrem-se”. Ainda que sem militância explícita, a autora acredita que o livro pode ajudar a sedimentar a ideia de que “as guerras não resolvem qualquer problema da humanidade”.

Já Gisela conclui: “é um livro que pode suscitar tanto estranheza como reconhecimento, tanto dor como esperança, uma vez que os percursos que engloba, ainda que tortuosos, revelam também a força que se ergue mediante o inesperado e a beleza que pode brotar até nos terrenos mais áridos”.

Gisela Simões, de 30 anos, é natural de Calvão (Vagos) e psiquiatra de profissão. Alice Sarabando, de 73 anos, é natural de Lombomeão (Vagos) e é professora aposentada.

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