Há um ano, precisamente por esta altura, Patrícia Surrador e Hugo Pereira viviam dias de ansiedade. E de muita azáfama. Não tinham mãos a medir para terem tudo pronto a tempo e horas. A aventura era grande, muitos não acreditavam que fosse possível, mas os números falam por si. O Avenida Café-Concerto chegou e venceu, para alegria da Patrícia e do Hugo, mas também dos aveirenses que ganharam um novo espaço cultural. E logo um repleto de história.
As velas irão ser apagadas a 24 agosto – extatamente no dia em que se completa um ano da abertura de portas –, numa festa rija (e gratuita), que contará com as atuações de JP Simões e Tomás Wallenstein. “E com bolo e espumante, claro está”, garante a dupla que, há um ano, decidiu recuperar um espaço que fazia parte da história da cidade de Aveiro - foi ali que, em Abril de 1973, decorreu o III Congresso da Oposição Democrática.
Nesta nova fase da sua vida, o Avenida Café-Concerto tem vindo a dar palco à cultura tanto na sala de café-concerto como no auditório. “Num ano, acolhemos 115 concertos, 11 sessões de cinema, quatro performances de dança, seis exposições e sete peças de teatro”, contabilizam Patrícia Surrador e Hugo Pereira. Não é assim de estranhar o anúncio de que o espaço fechará, para férias, de 25 a 29 de agosto – ou seja, logo a seguir à festa de aniversário.
Uma pequena pausa que servirá, essencialmente, para os responsáveis pelo espaço ganharem ainda mais fôlego para prosseguir com este ritmo de crescimento. “Vamos ter uma grande programação até ao final do ano”, asseguram.
O ponto alto deste primeiro ano de Avenida Café-Concerto? “Tirar o pó e abrir as portas”, declara Hugo, em tom de brincadeira. “O momento mais especial, para mim, foi o dia em que abrimos o auditório. Afinal de contas, era a parte mais emblemática e a razão de ser disto tudo”, especifica.Patrícia, por seu turno, recorda com especial carinho o dia do concerto de Samuel Úria. E tem razões para isso. “Foi no dia do meu aniversário”, lembra.