O Cineteatro Messias, na Mealhada, abre a nova temporada, setembro/ dezembro, com a festa de João Baião, o musical infantil “A Dama e o Vagabundo” e com grande destaque para a música, com o Gajo (na foto), Marta Ren e a guitarra portuguesa trazida por Ricardo Silva e por Marta Pereira da Costa.
Com três sessões, duas das quais quase esgotadas, já agendadas para os dias 5 e 6 de setembro, João Baião abre a temporada de final do ano do Cineteatro Messias com o espetáculo “Baião D’Oxigénio”, uma produção inovadora, cheia de música, humor e energia contagiante em que o público é convidado a espreitar os bastidores da criação artística. Do teatro musical à comédia, da dança contemporânea ao delírio mais improvável, esta é uma viagem única pela mente criativa de João Baião.
Mas a música é a tónica destes primeiros dois meses de programação do Cineteatro Messias. A 19 de setembro, sobe ao palco Ricardo Silva que, juntamente dom a Associação Filarmónica de Luso, apresenta o álbum, “Contagem Crescente” e revisita trabalhos anteriores, homenageando grandes compositores da história da guitarra portuguesa.
O Gajo, nome artístico de João Morais, promete surpreender, dia 20 de setembro, com o seu quinto álbum, “Trovoada”. Se antes a sua música era sobretudo instrumental, agora O Gajo traz-nos também a palavra. A viola campaniça continua a ser a espinha dorsal da sua música, mas vai ao encontro de novos diálogos – com duas sanfonas, o pulsar ancestral do adufe, a gaita de foles e a pandeireta galega a criarem fusão entre tradição e experimentação. Ao vivo, o público e a crítica têm recebido com o maior entusiasmo e envolvimento esta energia renovada, mais direta e mais urgente de “Trovoada”.
E a música continua a marcar o cartaz do Cineteatro Messias, com Marta Ren a dar espetáculo dia 11 de outubro. Conhecida pelo seu registo vocal, muitas vezes comparado ao das grandes vocalistas negras da soul e do funk, é uma das mais carismáticas vozes da nova música portuguesa. Fundadora dos Sloppy Joe, explorou territórios jamaicanos, partindo do Ska, do Reggae e do Dub para nos dar uma visão extremamente original da música, fez ainda parte dos desconcertante Bombazines e do coletivo Movimento. Em 2016, estreou-se a solo com o
disco “Stop Look Listen”, com uma tour internacional de 85 concertos. Em 2019, subiu a palco com a Orquestra Jazz de Matosinhos, onde reinventou os temas do seu disco a solo e alguns dos seus clássicos favoritos. O single de Marta Ren, “Worth It”, é cantado com a crueza do Rock’n’roll e ritmicamente comprometida com o Funk mais profundo dos anos 70.
E a uma Marta segue outra, desta feita, Marta Pereira da Costa, exímia guitarrista, cujo concerto contará com a participação especial da Academia de Dança do Hóquei Clube da Mealhada, no dia 18 de outubro.
Ao vivo, Marta Pereira da Costa, com a sua guitarra portuguesa, percorre os sons mais tradicionais, como o fado e a música portuguesa, mas segue caminhos diferentes, como o jazz, as mornas cabo-verdianas, o chorinho brasileiro ou a música do mundo em geral. Apresenta-se no Cineteatro Messias em duo, acompanhada pelo seu segundo instrumento de eleição, o piano, tocado por Ruben Alves, num projeto colaborativo entre a guitarra portuguesa e o piano, que deu origem ao segundo álbum “Sem Palavras.” Com canções do novo álbum e músicas antigas, entre outros sucessos como Verdes Anos & Summertime, Terra, Encontro, Dia de Feira, Minha Alma ou Fado Lopes.