Nas Autárquicas do próximo dia 12 de outubro, os aguedenses vão ter de escolher entre cinco candidatos repetentes e uma estreante. Jorge Almeida (Coligação Juntos por Águeda - PSD/MPT), Francisco Vitorino (PS), Antero Almeida (CDS), Cláudia Afonso (BE) e Milton Matos (CDU) voltam a disputar a presidência da autarquia. O único rosto novo da corrida é Catarina Martins, do Chega.
Jorge Almeida é o atual presidente da Câmara de Águeda. Preside também à Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) e quer tentar garantir um terceiro (e último) mandato. Tem 62 anos, é de Serém, reside em Macinhata do Vouga, é licenciado em enfermagem e nas eleições de 2021 obteve 44,77% dos votos e conquistou quatro mandatos (de um total de sete). O seu objetivo passa por “continuar a contribuir para a transformação positiva do concelho de Águeda, como o demonstra todo o trabalho que temos desempenhado, com políticas e estratégias bem definidas e com uma gestão rigorosa”, afirmou, na altura em que oficializou a sua candidatura.
O Partido Socialista - que, nas últimas Autárquicas, foi o segundo partido mais votado (com 29,52% dos votos, obtendo dois mandatos) - volta a apostar em Francisco Vitorino, de 61 anos. Natural de Rio Maior, vive em Recardães. É mestre em História Económica e Social Contemporânea e exerce as funções de docente. O objetivo passa por “relançar o concelho” após “quatro anos de mera gestão, sem rasgo e sem ambição”. O PS de Águeda quer recuperar uma Câmara que liderava desde 2005, mas perdeu em 2017 para o movimento “Juntos”.
Outro dos repetentes é Antero Almeida, do CDS – partido que, em 2021, conseguiu um mandato com 13,04% dos votos. Tem 43 anos, é natural de Águeda, onde reside, e é advogado. Chegou a estar filiado no PSD, mas acabou por bater com a porta por discordar do apoio que o partido deu a Jorge Almeida. Em entrevista ao Jornal da Bairrada, disse que se candidatava para “dar a todos os aguedenses uma alternativa de governação; uma governação que tenha o seu foco mais no cidadão aguedense do que no turista esporádico [...]”.
O Bloco de Esquerda (BE) também volta a apostar em Cláudia Afonso, de 45 anos, para a corrida à Câmara. Natural e residente em Águeda, é licenciada em educação social e é produtora agrícola. Os bloquistas apresentam-na como “uma mulher e política de ação e de palavra”, e uma “defensora do território e da participação dos cidadãos na vida pública”. Em 2021, o BE conquistou apenas 1,97% dos votos.
Mais atrás ficou a CDU, com 1,69% dos votos, já com Milton Matos a liderar a candidatura, tal como volta a acontecer neste novo ato eleitoral. Milton Matos tem 49 anos, é natural de Águeda, onde reside, e é técnico comercial de sistemas de informação. No seu entender – e tal como referiu ao jornal Soberania do Povo -, o concelho vive um período de “estagnação ou mesmo retrocesso” e defende que é preciso romper com o que considera ser uma visão “mercantilista e desestruturada” da governação municipal.
A única estreante da corrida é Catarina Martins, do Chega. Ainda que o partido já tenha estado na corrida de 2021 (conquistando 3,74% dos votos), desta vez a escolha recaiu na comercial, de 41 anos, natural da Venezuela e residente em Aguada de Cima. A candidata, com formação em engenharia química, já apontou a habitação e a segurança como prioridades para o concelho.