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BioRia: à descoberta da garça-vermelha e outras espécies mais

Roteiro

A natureza foi particularmente generosa com a região de Aveiro. No concelho de Estarreja, a Ria recortou a paisagem, os esteiros salgados impuseram-se terra adentro; ribeiras doces serpenteiam os campos agrícolas, há valas reminiscentes de antigos sistemas de rega e drenagem e os terrenos alagadiços guardam alguns dos mais belos tesouros da região.

Com grandes campos de arroz, juncais, sapais e caniçais, Estarreja consegue ainda ser lar (e até maternidade) para inúmeras espécies e, por isso, destino de eleição para todos quantos se dediquem à sua observação. Uma delas, talvez a mais emblemática, é a garça-vermelha. É em Estarreja que vive aquela que é, provavelmente, a maior colónia de nidificação desta ave em Portugal. A garça-vermelha, em tons de bronze e prateado, é uma ave majestosa, apesar de tímida, e tem estatuto de conservação “em perigo”. Foi esta a espécie escolhida para mascote do BioRia, o projeto de promoção e conservação ambiental do município de Estarreja, que integra uma rede de oito percursos pedestres e cicláveis espalhados por todo o concelho.

O Centro de Interpretação Ambiental (CIA), estrategicamente localizado junto ao esteiro de Salreu, no coração do município, é a porta de entrada para esta a rede de trilhos em contacto direto com a natureza. Um espaço destinado à receção dos visitantes e ao fornecimento de materiais de apoio, que também é utilizado para a dinamização de ações de sensibilização e educação ambiental, especialmente vocacionadas para conservação e a biodiversidade, bem como para o desenvolvimento de projetos científicos ligados a estas áreas.

Depois de várias semanas encerrado devido à pandemia, o CIA reabriu portas na segunda quinzena de maio e Eduardo Mendes, biólogo do BioRia, garante que têm recebido “bastantes pessoas, principalmente aos fins de semana e dias de bom tempo”.

Percursos para fazer a pé, de bicicleta ou de caiaque

Da rede de percursos do município de Estarreja, o mais antigo é o de Salreu, um trajeto circular de oito quilómetros, com partida do Centro de Interpretação Ambiental, e que atravessa campos de arroz, sapais, juncais e caniçais. Um dos aspetos mais marcantes deste percurso é a sua profunda ligação à água, com o rio Antuã, o esteiro de Salreu e uma extensa rede de valas que liga os vários habitats. É local por excelência para a observação de diversas espécies de vegetação, mamíferos e aves.

O percurso do Rio Jardim, mais curto (não chega a dois quilómetros de extensão), começa e termina na via paralela à linha de comboio, que liga o esteiro de Canelas ao de Salreu. Se optar por este percurso, poderá usufruir de uma extensa área de sombra proporcionada pela densa vegetação das margens do rio Jardim.

Já nos percursos do Antuã e do Bocage, os visitantes poderão acompanhar, respetivamente, as margens do rio Antuã, por cerca de seis quilómetros, e o ribeiro de Canelas, por quatro quilómetros. Garantidas estão belas paisagens, nas quais se evidencia o “bocage”, um importante habitat, raro e genuíno, berço de uma grande diversidade de espécies de fauna e flora. Este mosaico rural, com origem na atividade humana, é constituído por terrenos agrícolas rodeados de sebes vivas e valas de água.

O percurso do Rio Gonde começa na Casa Museu Egas Moniz, inserida na Quinta do Marinheiro, em Avanca. Segue por uma levada até aos Moinhos de Meias, ao fundo da quinta, local de moagem de cereais em mó de pedra para o fabrico da tradicional broa de Avanca. Com cerca de três quilómetros e meio de extensão, o percurso acompanha ainda as margens do rio Gonde com a típica vegetação ripícola, os moinhos de água, os pinhais e eucaliptais, até à Ribeira do Mourão.

Há também um percurso que passa pelas cinco ribeiras de Veiros (Nova, Veiros, Moitela, Tralhinha e Moita) e termina no histórico esteiro de Estarreja, conhecido por ter sido um dos maiores portos de sal da Ria de Aveiro; outro percurso totalmente dedicado à vila de Pardilhó, terra de carpinteiros navais e onde nasceram algumas das mais belas embarcações da laguna; e, finalmente, o percurso de Fermelã, o mais longo (dez quilómetros) no qual as típicas vacas de raça marinhoa estão em destaque e a paisagem ajuda a contar uma história de constantes conquistas e reconquistas de território entre o Homem e a Ria.

Como chegar

De comboio: Utilize a ligação ferroviária da Linha Urbana Aveiro-Porto. A paragem mais próxima do Centro de Interpretação Ambiental é o apeadeiro de Salreu. Consulte os horários disponíveis em cp.pt.

De carro: Via A25, sai para Estarreja/Salreu. Segue depois pela EN 109 até Salreu onde encontrará placas da BioRia a sinalizar o caminho para o Centro de Interpretação Ambiental. Se preferir, pode introduzir as seguintes coordenadas no seu dispositivo de GPS: N 40º 43’ 57.1’’ W 8º 34’ 07.3’’

Informação

O Centro de Interpretação Ambiental dispõe de um serviço de aluguer de bicicletas, veículo ideal para percorrer os trilhos e garantirá a correta higienização de todas as partes de contacto (guiador, selim, ajustes) após cada utilização.

Para as visitas guiadas, está disponível um veículo elétrico. Os grupos que pretendam realizar estas visitas, devem contactar os técnicos do BioRia por telefone ou e-mail e fazer o seu pedido de reserva através do formulário no site do projeto.

Se não quiser deixar escapar nenhuma oportunidade para observar as aves ou mamíferos que habitam nesta zona do Baixo Vouga Lagunar, cada visitante deverá trazer os seus próprios binóculos.

Contactos

Bioria – Centro de Interpretação Ambiental

Largo do Esteiro de Salreu,

3864-218 Estarreja

Telemóvel: 962 774 466 (disponível no horário de abertura do Centro de Interpretação Ambiental)

E-mail:visitabioria@cm-estarreja.pt

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