Em apenas hora e meia, foram recolhidos 47 sacos de lixo das margens da ria de Aveiro, que contabilizaram cerca de 300 quilos e um volume de 1.410 litros, 28 garrafas com beatas e cerca de 100 máscaras. Foi este o balanço da caminhada ambiental promovida, no passado sábado, pelo Rotary Club de Aveiro, com o apoio do Rotarac – no âmbito da 6.ª Regata Solidária.
“Esta atividade foi impactante e dá que pensar”, destaca Rosa Pinho, investigadora da Universidade de Aveiro e que assumiu a coordenação da iniciativa surgida no âmbito de um apelo lançado pela Fundação Oceano Azul, para assinalar o Dia internacional de Limpeza Costeira.
“O lixo recolhido já não vai para a nossa ria e daí para o oceano, mas as pessoas que participaram nesta atividade tiveram uma pequena noção da quantidade de lixo que vai para o meio marinho e põe em risco tantas espécies de seres vivos. A nossa espécie põe em risco a sua própria existência com demasiado consumo, demasiado descarte, com a falta de literacia ambiental e de respeito pelo bem comum”, realça a investigadora.
Para Rosa Pinho, “é fundamental recolher o lixo produzido, mas é vital produzir menos lixo. Este será o desafio nos próximos tempos!”
No final da atividade a empresa Veolia recolheu o lixo no local combinado e as beatas serão entregues à Associação Bioliving, que fará chegar ao Laboratório da Paisagem em Guimarães, que recicla as beatas na produção de tijolos.
“Esta é sem dúvida uma atividade que pode e deve ser repetida nos próximos anos, no dia da Regata Solidária”, antevê a coordenadora.