A junta de freguesia de São Salvador (JFSS) associou-se à primeira Semana Nacional sobre Espécies Invasoras, que termina esta domingo, dia 18, organizada pela Plataforma Invasoras.pt do Centro de Ecologia Funcional.
As espécies invasoras são a quinta ameaça à biodiversidade a nível global. A espécie invasora caracteriza-se por proliferar descontroladamente e ameaçar a diversidade de outras espécies e oecossistema. A área ocupada por espécies invasoras afeta não só as áreas em termos de conservação da natureza, mas também áreas para produção florestal e agrícola.
Em Portugal estão listadas 300 espécies - muitas vieram de outras regiões (são espécies exóticas).Em Ílhavo, estão identificadas várias nas vias pedonais e no Parque da Murteira. As mais comuns são a acácia, a erva-das-pampas, a erva da fortuna, a figueira da índia, os bons dias e as azedas.
Consciente da importância da sensibilização da população para esta realidade, a JFSS visitou na segunda-feira, 12, e terça-feira, 13, o Agrupamento de Escolas de Ílhavo onde consciencializou os 1.750 alunos sobre esta ameaça à biodiversidade, oferecendo pequenos sacos com amostras das espécies invasoras presentes na comunidade.
Já na quarta-feira,14, durante a tarde, uma equipa da JFSS procedeu a ações de controlo das espécies invasoras, recolhendo 4.700 unidades de acácia comum e 112 penachos no Parque de Lazer da Murteira.
Por fim, na sexta-feira, 16, a JFSS promoveu uma palestra online, com duas biólogas e investigadoras: Hélia Marchande (investiga plantas invasoras desde 1997) e Mónica Almeida (estuda a erva-das-Pampas, nomeadamente o seu ciclo de vida e as razões do seu comportamento invasor).
A JFSS tem vindo a trabalhar para a eliminação das espécies invasoras nas vias pedonais e no seu controlo no Parque da Murteira e na zona florestal em Vale de Ílhavo. Tem também dinamizado atividades de educação ambiental e de identificação de espécies vegetais, procurando a preservação ambiental com a adoção de boas práticas e a construção de bombas de sementes.
Sublinhe-se que as Nações Unidas elegeram 2020 como o Ano Internacional da Fitossanidade, com o intuito de aumentar o reconhecimento, entre o público em geral e os decisores políticos, da importância de plantas saudáveis e da necessidade de as proteger, para se conseguir atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
As pragas e doenças das plantas representam, a cada ano, a perda de até cerca de 40 por cento das culturas alimentares no mundo.
O Ano Internacional da Fitossanidade também é considerado “uma iniciativa chave para destacar a importância da saúde das plantas para aumentar a segurança alimentar, proteger o ambiente e a biodiversidade e impulsionar o desenvolvimento económico”.