Tem 195 anos, 17 metros de altura e um “tronco gigante” cujo perímetro ronda os 11 metros. Esta árvore no bairro operário da Vista Alegre, em Ílhavo, é uma das dez finalistas ao concurso de Árvore do Ano, promovido pela União da Floresta Mediterrânica.
Trata-se de um exemplar da espécie Phytolacca dioica, mais conhecida por bela-sombra, e há várias gerações que serve de palco às brincadeiras dos mais novos, assiste à azáfama dos trabalhadores da fábrica e acolhe as conversas dos mais velhos que reúnem na sua sombra.
Depois de, no ano passado, ter sido classificada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas como árvore de interesse público, este concurso pode ajudar a reafirmar a sua importância enquanto monumento vivo e valor maior daquele lugar.
Esta “árvore fascinante” – como é descrita – foi nomeada por Raquel Pires Lopes, bióloga e investigadora da Universidade de Aveiro, que se tem dedicado a inventariar, conhecer e divulgar histórias das maiores, mais antigas ou mais bizarras árvores do país.
As votações para Árvore do Ano decorrem onlineaté às 23h59 do dia 23 de novembro. Para votar, deverá selecionar duas árvores e validar o seu voto através do link enviado para o seu email. Cada pessoa só poderá votar uma vez.
A árvore vencedora representará Portugal no Tree Of The Year 2021, organizado pela Fundação Checa de Parceria Ambiental. Recorde-se que Portugal venceu a edição de 2018 deste concurso europeu, no primeiro ano em que participou. O galardão foi atribuído ao “Sobreiro Assobiador” da aldeia de Águas de Moura, em Palmela.
*Fotos:Afonso Ré Lau