O Grupo de Escoteiros de Aveiro tem em mãos um projeto de promoção da biodiversidade, centrado na plantação de arbustos, criação de hotéis para insetos e de um viveiro para arbustos e plantas melíferas. Nos últimos dias, e para assinalar o dia da floresta autóctone, plantaram uma centena de arbustos de alecrim no Parque Ambiental do Forno Romano de Eixo e já foi instalado e inaugurado um hotel para insetos.
“A importância das abelhas nos ecossistemas tem a ver maioritariamente com o seu papel polinizador. Algumas plantas precisam de polinização cruzada, através das abelhas, para se reproduzirem. Estima-se que, a nível mundial, cerca de 30% das culturas agrícolas e 90% de todas as plantas necessitam de polinização cruzada para prosperarem. Um dos mais importantes polinizadores são as abelhas, responsáveis por cerca de 80% de toda a polinização feita por insetos. Na sua procura por néctar, as abelhas voam de flor em flor deixando para trás grãos de pólen, garantindo assim a polinização cruzada. Uma abelha visita até 7 mil flores por dia”, recordam, em comunicado.
“Se insetos polinizadores como as abelhas desaparecessem, os animais que dependem destas plantas para sobreviver, deixavam de existir também, assim como nós próprios”, alertam, acrescentando: “A polinização é também de enorme importância para a vida selvagem já que as abelhas são responsáveis pela germinação de várias sementes, frutos secos, bagas e frutos que servem de fonte de alimentação para animais selvagens”.
Apesar de serem “vitais para a preservação do balanço ecológico e da biodiversidade”, os insetos polinizadores, como as abelhas, “estão a diminuir drasticamente a nível global e este declínio pode ter drásticas consequências”.
Para contrariar este declínio e alertar a comunidade para esta problemática, os Escoteiros de Aveiro desenvolveram o projeto Bee a Guardian.A iniciativa, mais que simbólica, visa também sensibilizar a sociedade para o problema, promovendo práticas mais ecológicas e amigas dos insetos. Este projeto que está a ser desenvolvido pelos Escoteiros de Aveiro com o apoio da Junta de Freguesia de Eixo, Eirol, proprietária do Parque Ambiental do Forno Romano de Eixo e beneficia ainda do suporte científico e didático do Ciência Viva.