“Bee a Guardian” é o nome do projeto de promoção da biodiversidade que o Grupo de Escoteiros de Aveiro tem vindo a desenvolver desde o passado mês de novembro. A iniciativa contempla a plantação de arbustos, a criação de “hotéis” para insetos polinizadores - pequenas construções que atraem borboletas, joaninhas e abelhas solitárias -, bem como de um viveiro para plantas que florescem durante quase todo o ano.
Este projeto de conservação ambiental arrancou no Dia da Floresta Autóctone, em novembro, com a plantação de cerca de uma centena de arbustos de alecrim no Parque Ambiental do Forno Romano, em Eixo, e com a instalação de um abrigo para insetos polinizadores. No passado fim de semana, os escoteiros voltaram ao parque, desta vez, não só para plantarem mais meia centena de arbustos que tinham feito germinar nas suas casas, mas também para espalharem sementes de plantas melíferas, isto é, plantas que produzem néctar, a substância açucarada com a qual as abelhas fazem o mel.
Em comunicado, o grupo nota que “os números de insetos polinizadores como as abelhas, estão a diminuir drasticamente a nível global e este declínio pode ter drásticas consequências”. “A perda de habitat devido à agricultura intensiva é o principal agente causador deste declínio. À medida que as cidades crescem, que se constroem novas estradas e a agricultura se torna mais intensiva, a quantidade de flores, sebes e jardins disponíveis para as abelhas encontrarem pólen vai reduzindo. A redução de alimento para as abelhas é um fator muito importante no declínio das suas populações a nível global”, acrescentam. É, precisamente, “para contrariar este declínio e alertar a comunidade para esta problemática”, que os escoteiros de Aveiro estão a trabalhar neste projeto.
Esta iniciativa ecológica e amiga dos insetos vai ao encontro do repto das Nações Unidas ao declarar 2021-2030 como a “Década para a Recuperação dos Ecossistemas”.