Mais uma vez, a Agora Aveiro reuniu jovens técnicos de juventude, ativistas e voluntários de toda a Europa em Aveiro para discutir tópicos muito importantes: como construir comunidades locais inclusivas, onde não há discriminação e os recém-chegados não só sobrevivem como são capazes de prosperar. O curso de formação “Build Homes, Not Walls” foi financiado pelo Programa Erasmus + e teve lugar no Museu de Aveiro, com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro. Durou 10 dias, de 19 a 28 de março, e envolveu um grupo de participantes curiosos e motivados e formadores que partilharam a sua experiência e conhecimento no que toca não apenas aos conceitos, mas também a ferramentas específicas que podem ser utilizadas para promover a inclusão e cultivar a diversidade.
Os participantes vieram de sete países - Bulgária, Croácia, Alemanha, Hungria, Itália, Grécia e Portugal -, o que garantiu origens, perspectivas e pontos de vista diferentes. No entanto, o objetivo foi partilhado - e, agora, todos eles estão prontos a fazer esforços de sensibilização para as questões que os migrantes enfrentam nas suas comunidades locais, promover a inclusão e facilitar diálogos entre os locais e os recém-chegados.
Um dos resultados imediatos do curso de formação foi o evento da Biblioteca Viva, que decorreu no dia 26 de março, na FNAC de Aveiro, e onde foram criadas oportunidades de diálogo entre cinco imigrantes, um profissional que trabalhava com eles e a população local de Aveiro. Os participantes puderam ouvir histórias de um casal de cientistas iranianos que encontrou a sua nova vida em Aveiro, um professor de música sérvio cujos alunos cantam com uma pronúncia diferente, um colombiano à procura de novas oportunidades na Alemanha, entre outros.
Também foi criada e executada no mesmo dia, nas ruas de Aveiro, uma campanha de marketing de guerrilha para aumentar a sensibilização para a discriminação.
Os participantes desafiaram os locais a cortar as “cadeias de discriminação” e a desafiar os seus próprios estereótipos quando se trata de grupos que são discriminados em Aveiro. Infelizmente, o tema da formação está novamente muito em foco, uma vez que novas vagas de refugiados têm vindo a chegar à União Europeia.
Agora que os participantes estão de volta a casa com novos conhecimentos e experiências, poderão tornar-se ainda mais ativos nas suas comunidades locais, apoiar aqueles que enfrentam obstáculos porque vêm de realidades diferentes, e também defender os direitos humanos diariamente.