A Amnistia Internacional promoveu, no dia 11 de julho, na Keti Keta - Associação pela Cooperação com a Natureza, em Aveiro, uma sessão de esclarecimento com vista à futura criação um novo grupo local e de um novo grupo temático na área dos direitos ambientais. A reunião contou com a presença de Pedro A. Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal.
Na presença de cerca de trinta pessoas, num espaço onde a partilha saudável é uma constante diária, o responsável apresentou os eixos fundamentais do trabalho realizado pela Amnistia: “O primeiro é a investigação. Vamos a fundo nas questões para perceber o que aconteceu. Neste momento, com tantas mentiras disfarçadas de notícias, a investigação é fundamental no nosso trabalho. E é com base nisso que fazemos tudo acontecer. No caso de existirem abusos, avançamos com advocacia social e política, isto é, bater à porta de governos, embaixadas ou dos responsáveis por colocar um ponto final nas violações dos direitos humanos. Se esta receita funcionasse sempre, estava tudo bem. Mas, em 99 por cento dos casos, não é assim. Por isso, precisamos do ativismo e de organizar campanhas”.
Perfilando-se em Aveiro a criação de um grupo dedicado às questões ambientais e, sobretudo, existindo a possibilidade de reativar o grupo local, Pedro A. Neto explicou quais as principais responsabilidades pedidas a quem, localmente, assume a defesa da camisola da Amnistia: “Os grupos trabalham a parte do ativismo e das campanhas de direitos humanos nas escolas e na mobilização de rua. Quando identificam abusos, devem contactar-nos para que a nossa equipa de investigação faça todo o trabalho de advocacia”.
No entanto, antes de tudo isso, para estarem preparados para dar “a melhor resposta às ações urgentes da Amnistia Internacional”, recebem “toda a formação possível”, numa estratégia “concertada de grupo” para que a Amnistia possa “ter um trabalho que cause impacto”.