Organizado pela Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), o Concurso de Vinhos e Espumantes 2023 realizou-se esta semana, no último dia de outubro, tendo a cerimónia de anúncio e entrega de prémios acontecido na sexta-feira, dia 3 de novembro, no frondoso Palácio da Borralha, em Águeda. Esta foi a edição com mais amostras de sempre, com 120 vinhos avaliados em prova cega por um painel de 14 jurados, que atribuiu a pontuação mais elevada ao Original Reserva branco 2020, fazendo deste grande vencedor deste ano. Do produtor Quatro Cravos arrecadou também a distinção de Melhor Branco da competição.
Destaque para os melhores de cada uma das seis categorias. No que toca aos espumantes, o Montanha Chardonnay & Arinto Grande Cuvée branco 2018 (Caves da Montanha) foi eleito o Melhor Espumante em absoluto e o Aliança Baga Bairrada Reserva Bruto Natural branco 2021 (Aliança Vinhos de Portugal) arrecadou o título de Melhor Espumante Baga Bairrada. O já referido Original Reserva branco 2020 (Quatro Cravos) recebeu dois galardões, ao ser eleito o Melhor Branco, prémio ao qual somou o de Grande Vencedor do Concurso.
Do produtor Idálio de Oliveira Estanislau, estreante nestas lides, o Pedra Só 2022 ganhou na sua categoria, como Melhor Rosé, tendo-se o António Marinha Grande Reserva tinto 2017 (António Marinha Vinhos) destacado como Melhor Tinto. O Encosta da Criveira Reserva tinto 2021, de Isaura Conceição Reis, levou para casa a distinção de Melhor Vinho das Terras de Sicó. Estamos perante um IGP Beira Atlântico da sub-região que dá nome à categoria.
O Concurso de Vinhos e Espumantes da Comissão Vitivinícola da Bairrada - 2023 reuniu 120 amostras, 65 de vinhos tranquilos e 55 de espumantes. Foram atribuídas três dezenas de medalhas de ouro, 12 das quais a espumantes, 9 a vinhos brancos e igual número a tintos. Para avaliar estas referências com o selo de garantia e qualidade DO Bairrada (119) e IGP Beira Atlântico (1), a organização convidou reconhecidos enólogos da região e voltou a estabelecer uma parceria com a Associação Escanções de Portugal, que nomeou profissionais habituados a este tipo de provas.
Somaram-se ainda profissionais da restauração e um representante de media bairradino. Não de naturalidade, mas bairradino de alma e coração, o conceituado crítico de vinhos e jornalista Luís Ramos Lopes esteve ao lado de Pedro Soares, presidente da CVB, como diretor desta prova.