Os números dão que pensar e vêm dar ainda força à tese de que a compostagem traz muitos benefícios para o meio ambiente. Em média, cada habitação do município de Vagos gera, por ano, cerca de 400 quilos de resíduos por ano, referiu João Vaz, da Ecogestus, que acaba de desenvolver um projeto de compostagem para o município de Vagos. Ao abrigo do Vagos+Composto, vão ser disponibilizados, numa primeira fase, 50 compostores domésticos, com o objetivo de desviar 20.000 quilos de resíduos dos contentores. A estes, juntam-se três compositores comunitários.
“Cerca de 50 por cento dos resíduos sólidos que vão sendo colocados nos contentores são resíduos verdes ou resíduos recicláveis”, apontou Silvério Regalado, lamentando a falta de cuidado na separação do lixo. “Cada tonelada de lixo que recolhemos, custa aos cofres do município mais de 100 euros”, prosseguiu o líder da autarquia, naquele que terá sido um dos seus últimos atos públicos como presidente da câmara – suspenderá o mandato no final desta semana para se candidatar a deputado à Assembleia da República, pelo círculo eleitoral de Aveiro (Aliança Democrática).
Com o projeto Vagos+Composto, que numa primeira fase avança apenas na vila – estendendo, mais tarde, a outros pontos do território -, a autarquia espera dar mais um passo em frente na redução de resíduos. Além da entrega de compostores domésticos, estão também previstas ações de sensibilização, para explicar aos cidadãos como é que podem transformar restos de comida, folhas e aparas de relva, num fertilizante natural. “O planeta é só um e nós temos que cuidar dele”, vincou Silvério Regalado.