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Emídio Sousa: “Com a AD no governo a ampliação do hospital de Aveiro será uma realidade”

Política

O presidente da Câmara Municipal da Feira lidera a lista da coligação PSD/CDS/PPM pelo círculo eleitoral de Aveiro. Elege como prioritárias as áreas das acessibilidades, da saúde, e da economia.

 

 

Conhece a realidade do distrito, de Argoncilhe a Pampilhosa, de Paiva a Sosa? Acredita que a equipa que lidera por Aveiro tem esse conhecimento?

Estamos no terreno há muito, o que nos permite ter uma noção da realidade do nosso distrito. Não conhecerei ao pormenor Aveiro de Argoncilhe à Pampilhosa ou a Sosa, mas o trabalho que temos efetuado permite-nos ter uma noção muito completa da realidade e uma inventariação das necessidades das populações. De resto, a nossa lista integra três presidentes de câmara, um presidente de junta, um presidente de assembleia municipal e vários vereadores, ou seja, pessoas habituadas a andar no terreno, gente competente e com provas dadas pela sua experiência profissional e da vida política.

 

De uma forma específica, diga-nos três coisas que importa melhorar no distrito?

Aveiro é uma região produtora e exportadora de bens transacionáveis, que contribui como poucas para a nossa balança comercial, no fundo, contribui decisivamente para a riqueza do nosso país, pelo que um território que trabalha tão bem, produz tão bem e cria valor tem que ter a devida compensação por parte do Estado, porque este não estará a dar-nos nada ao devolver-nos parte do que produzimos. Elegemos como prioritárias as áreas das acessibilidades, da saúde, e da economia, propondo, no primeiro caso, a conclusão da variante de Castelo de Paiva, prometida aos paivenses há três décadas, a criação de um novo nó de acesso à A1 entre Anadia e Oliveira do Bairro, o túnel da Cruz (Santa Maria da Feira), a requalificação do IC2 na zona de Oliveira de Azeméis e o fim da cobrança de portagens na A25 e na A17 na zona de Aveiro, par além da requalificação da Linha do Vale do Vouga, essencial para a desejada coesão no seio da Área Metropolitana do Porto. No que toca à saúde, está na hora de fazer avançar a prometida ampliação do hospital de Aveiro e a construção da unidade de saúde mental do Hospital São Sebastião, de Santa Maria da Feira. Quanto à economia, somos pela atração de empresas de base tecnológica e, no concreto, entre outras coisas, vamos promover a reabertura do Centro de Apoio à Criação de Empresas do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, de Castelo de Paiva, e assegurar que os terrenos da antiga lota de Aveiro sejam transferidos para o município.

 

Qual a melhor forma de combater a ideia de que quem chega à Assembleia da República/Governo esquece rapidamente o distrito pelo qual foi eleito?

Os deputados eleitos pelo círculo de Aveiro dispensam esse combate, porque têm desenvolvido um trabalho eficaz em prol do seu distrito. Bem sabemos que as eleições Legislativas definem a composição do Parlamento nacional, mas não deixaremos de manter ativa uma agenda que vá ao encontro dos anseios do distrito, dando, aliás, seguimento ao que tem sido feito nesse sentido. Como disse, a lista integra um bom número de eleitos locais, o que, por si só, nos dá garantia de que as questões da nossa terra terão o devido tratamento. De resto, apresentamo-nos com uma agenda local, que vamos cumprir.

 

Que resultados espera alcançar no dia 10 de março?

Uma vitória será sempre elegermos mais um deputado do que o PS e isso está perfeitamente ao nosso alcance, não apenas porque apresentamos uma equipa muito forte, mas, também, porque os nossos concidadãos estão sedentos de mudança urgente e segura, em detrimento de uma mudança populista. E é a AD quem apresenta melhores condições para a viragem que todos desejamos, em contraponto com o discurso desta esquerda que tantas vezes menoriza as nossas empresas – como se fosse possível coesão social e distribuição de riqueza sem a produzirmos – e insiste no erro de que o Estado tudo resolve.

 

Uma das questões que mais tem preocupado os aveirenses prende-se com a tão aguardada ampliação do Hospital de Aveiro, que tarda em avançar. O que se propõe a fazer em relação a esta matéria?

Essa é, seguramente, como disse, uma das nossas prioridades. Está na hora do impulso definitivo, e já vamos tarde. Com a AD no governo a ampliação do hospital de Aveiro será uma realidade, até porque os deputados eleitos pelo círculo eleitoral não vão descansar enquanto não o conseguirem.

 

O traçado da linha ferroviária de alta velocidade tem gerado polémica em vários pontos do distrito. O que tem a dizer às populações afetadas?

Compreendemos a preocupação das populações, mas temos a certeza de que os eleitos locais de cada uma tudo fizeram para que o traçado escolhido fosse o que teria menos impactos negativos. Eu próprio participei nesse processo e posso assegurar que assim foi.  É importante que todos percebam a importância da linha de alta velocidade, que só peca por tardia, pois trata-se de um dos passos decisivos para nos colocarmos na linha da frente, a par dos nossos parceiros europeus.

 

Faz sentido investir na requalificação e modernização da linha do Vouga?

O projeto já leva mais de 10 anos, quando começaram estudos de uma intervenção que permitisse a integração da linha nos suburbanos do Porto. Já enquanto presidente da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria promovi reuniões com o governo e foram feitos estudos com a Universidade do Porto e o Instituto da Construção. E é por saber disso que acredito no projeto. A coesão não pode ser uma palavra vã e, no contexto na Área Metropolitana do Porto não podemos permitir a assimetria que ainda se nota, no que toca à acessibilidade, entre os que vivem a norte e os que vivem a sul do Douro. Estando como está, a linha não serve as populações e, mesmo estando tão degradada, continua a ter uma procura muito significativa, pelo que vamos continuar a lutar para que seja possível uma deslocação de Oliveira de Azeméis ao Porto numa hora.

 

O tema das SCUT voltou a estar na agenda da campanha eleitoral. O que se propõe fazer em relação a isto?

Somos pela eliminação do conhecido como "pórtico do estádio", na A25, entre Esgueira e Aveiro Nascente. A localização dos pórticos para cobrança de portagens que envolvem a cidade de Aveiro é por todos reconhecida como aberrante, criando uma situação única no País e profundamente lesiva dos interesses de todos aqueles que vivem ou se deslocam diariamente para Aveiro. São circuitos essencialmente urbanos, utilizados na vida quotidiana, sendo que um deles tem apenas 600 metros. Defendemos, por isso, um novo sistema de portagens nas antigas SCUT que possa minimizar injustiças como as identificadas.

 

No que diz respeito à crise na habitação, como olha para a realidade distrital e que medidas concretas preconiza?

A realidade de Aveiro é o espelho da do país – não há casas, a construção está paralisada, o arrendamento não funciona e os preços disparam. A sobreocupação impõe a construção de novas casas e a dinamização do mercado de arrendamento, protegendo os senhorios e apoiando nas rendas.

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A erosão costeira é uma preocupação? como pretende agir nesta área na região, uma das mais afetadas?

O Programa da Orla Costeira Ovar/Marinha Grande previa um investimento de 422 milhões de euros no horizonte temporal de 2027, mas a execução está aquém das necessidades. Portugal é um dos países europeus mais afetados pela erosão costeira, fenómeno que tende a ser intensificado pelo impacto das alterações climáticas, sendo que o distrito de Aveiro tem algumas das zonas mais vulneráveis, pelo que é fundamental investir na proteção destes territórios para garantir a proteção de pessoas e bens. Somos por uma intervenção mais estrutural e menos reativa, por exemplo, intervindo ao nível do trânsito sedimentar.

 

Que outros problemas ambientais mais apreensão causam?

O combate às alterações climáticas é um desiderato que deve envolver todos os cidadãos, através da promoção de energias verdes e da economia circular. A um nível local, preocupa-me o que se vai passando com a ria de Aveiro, pelo que defendemos a sua gestão com uma participação mais ativa da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, dada a mais valia que representa a proximidade.

 

Aveiro é um distrito com muitas empresas e muita indústria. Que medidas defende para o sector?

Como disse, o distrito contribui decisivamente para a riqueza do nosso país, graças ao seu pendor industrial, fortemente qualificado. E é por isso que a política fiscal que propomos se dirija com especial enfoque para o setor empresarial, porque precisamos de grandes empresas, de grandes grupos económicos capazes de competir em qualquer mercado. Da mesma forma que precisamos de pequenas e médias empresas que nos garantam equilíbrio e coesão social. Precisamos de todos e que todos trabalhem para a competitividade e excelência do nosso país.

 

Aveiro é um distrito que acolhe muitos imigrantes. Que política de imigração deve o país adotar?

Os números não mentem e é evidente que precisamos da imigração, que nos ajude a inverter a curva da demografia e que, ao mesmo tempo, nos traga a mão de obra que já vai escasseando – muitas vezes em setores que os portugueses não querem trabalhar –, e contribua para a Segurança Social com os resultados que são conhecidos. Mas a nossa preocupação não deve cingir-se à imigração e dirigir-se, também, para a emigração. Um terço dos nossos jovens, muitos deles qualificados, emigram todos os anos e, além destes, 60.000 pessoas emigraram em 2022, qual fuga de portugueses, num fenómeno pior do que a bancarrota, pois é todo um país a desmoronar-se. Os imigrantes são bem-vindos, obviamente, impondo-se uma regulação que nos permita promover uma integração adequada.

 

A desertificação do interior é um fenómeno que também se verifica em Aveiro. É possível reverter a tendência e como?

O distrito tem concelhos que, estando a 30 ou 40 quilómetros do litoral, sofrem dos problemas da interioridade, mas, mesmo sendo territórios de baixa densidade, são, simultaneamente, territórios dinâmicos, como Castelo de Paiva, Arouca, Sever do Vouga ou Vale de Cambra. Reverteremos a tendência a que se refere criando condições para fixar as pessoas, desde logo, por exemplo, garantindo melhores acessibilidades. Castelo de Paiva viu-lhe prometida a variante à EN222 há três décadas, Arouca ainda não tem a sua ligação à autoestrada em Santa Maria da Feira completa, Sever do Vouga reclama uma ligação eficaz à A25 há muitos anos e Vale de Cambra ainda está longe da A32 e aguarda um melhor acesso à Zona Industrial do Rossio substituindo a atual Estrada Nacional 224-1. São apenas exemplos do que pode ser feito para o combate à interioridade, para além de assegurar qualidade dos serviços mais básicos, como a saúde e a educação.

 

 

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