Miguel Duarte é natural de Vagos, está atualmente radicado no Luxemburgo, e tem nos livros e na escrita uma das suas grandes paixões. “Começou como uma maneira para descomprimir e, acima de tudo, entender melhor o que estava a sentir”, introduz. Acabou por fazer formação superior na área da edição de texto e livros e dar início a uma carreira nessa área. À escrita dos outros juntou também a sua, especialmente na altura em que sentiu necessidade de “começar a deitar cá para fora o que estava a sentir”, reconhece, em conversa com a Aveiro Mag poucos dias antes de lançar o seu primeiro livro.
Chama-se “Sangue Derramado”, é editado pela Cordel de Prata, e vai ser apresentado no próximo sábado, dia 8 de junho, em Vagos, mais concretamente no bar 10 Iluzões, numa sessão que contará com as atuações de Joana Sarabando (atriz) Leonardo Moço (pianista) e Fábio Rocha (contrabaixo).
“Este livro é uma coletânea de poemas que eu escrevi entre 2015 e 2018”, desvenda o autor que assina com o nome Duarte Filho da Mãe. “Felizmente, já não me identifico com as coisas que estão escritas”, prossegue, notando que os poemas de “Sangue Derramado” são resultado de uma época de dúvidas, de procura, de excessos, normais na vida de um jovem. “Acabo por desconstruir tudo isso e passar para uma arte que espero que as pessoas se identifiquem com ela”, testemunha o autor.
“Sangue Derramado” tem prefácio da autoria de Lia Cachim e pretende ser o primeiro de vários livros de Duarte Filho da Mãe. “Já estou a fazer a revisão do próximo livro”, revela, desvendando que será mais um trabalho na área da poesia. “É o passo à frente. É um livro com uma postura muito mais esperançosa e de tudo o que isso permite”, destaca.
Enquanto esse segundo livro não surge, Miguel Duarte centra as suas atenções no lançamento do próximo sábado e na reação que “Sangue Derramado” irá colher junto do público. “Espero que as pessoas sintam que é possível sair de um ‘tornado’ que as puxa para baixo e que a superação é possível”, refere.