O Festival Literário de Ovar atinge o marco das 10 edições e celebra com uma programação especial, dedicada à liberdade de pensar, escrever e dizer. Um hino à literatura e às portas que Abril abriu. Com inúmeros palcos espalhados pela concelho e cerca de 50 iniciativas pensadas para levar a história do FLO a cada vez mais pessoas, de 18 a 22 de setembro, Ovar é um livro aberto. Oficinas, poesia, contos, exposições, teatro, música, visitas encenadas e apresentações de livros, como no primeiro dia, o objetivo da iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Ovar e com a curadoria do escritor Carlos Nuno Granja, passa por promover a literatura e a literacia em redor de uma cidade vibrante e inspiradora.
“50 anos depois do 25 de Abril, que teve um papel fulcral no acesso à leitura, continuamos caminho, com o objetivo de aproximar escritores e leitores e de estimular a leitura e a criatividade em todas as idades, celebrando, juntos, a liberdade que Abril nos permite viver”, antecipa Domingos Silva, presidente da Câmara Municipal de Ovar.
Dez edições depois, o autarca não tem dúvidas. “O FLO é um evento que dá notoriedade ao concelho de Ovar, transformando-o num palco de partilha e criatividade, num contexto cultural único e distintivo que cada vez mais leitores e escritores procuram”, resume, acrescentando que esta edição tem como objetivo primordial abrir o Festival Literário de Ovar a cada vez mais pessoas. “Preparamos um programa eclético e plural que quer ser próximo das pessoas e com predicados para todos os públicos, mesmo os que não tenham hábitos de leitura tão enraizados”.
A palavra: Dos livros, ao teatro, ao cinema e à música
Em jeito de antevisão, para tomar nota, a estreia nacional do filme “A Pedra Sonha Flor”, do realizador Rodrigo Areias, que foi rodado no concelho e conta com a participação da comunidade local. No evento, marcado para 14 de setembro, no Centro de Arte de Ovar (CAO) e com início às 21h00, será oficialmente apresentada esta edição e reveladas todas as novidades.
Mais uma vez, o FLO quer primar por experiências diferenciadoras, em que os leitores sejam os protagonistas das iniciativas, abrindo, sempre, espaço para o diálogo, a partilha e o convívio, num ambiente familiar e acolhedor. Num festival sobre a palavra, a palavra tem mesmo que ser de todos e são muitos e em diferentes formatos os momentos de conversa previstos. Quase sempre, o ponto de partida é uma frase de um autor relevante, o ponto de chegada é destinado por convidados e participantes. A primeira destas conversas é logo depois da abertura do FLO, a 18 de setembro, às 21h15. Junta António Manuel Ribeiro, músico e vocalista da banda rock portuguesa UHF, e o arquiteto e escritor Manuel de Queiroz, com Bruno Henriques, cocriador da personagem satírica Jovem Conservador de Direita, no papel de moderador.