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Sol: Das primeiras lições de violino à prova de acesso ao Festival da Canção

Artes Ler mais tarde

 

Prefere ser chamada de Sol, nome que “surgiu como uma alcunha, depois ficou e foi ocupando espaço” de uma maneira que a deixou “cada vez mais confortável”. Nas plataformas onde tem vindo a apresentar a suas músicas apresenta-se como 1poucodesol, atendendo a que esta é “uma pequena extensão” da sua vida, confessa em conversa com a Aveiro Mag. Nascida em Lisboa e criada em Aveiro, começou a dar os primeiros passos na música aos 6 anos de idade, no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian. Estudou teoria musical, também aprendeu a tocar guitarra, piano e, mais recentemente, formou-se em Produção e Criação Musical. Aos 22 anos, Sol mostra-se empenhada em construir uma carreira na área da música. Recentemente, esteve entre os cinco finalistas da Prova de Acesso ao Festival da Canção – cujos resultados só vão ser conhecidos em novembro – e prepara-se para apresentar ao público, nos primeiros meses de 2026, o seu primeiro EP.

“A música esteve sempre muito presente. Até quando eu estava no secundário, a estudar ciências e tecnologia, estive sempre a fazer música ao mesmo tempo”, conta, sem esconder que também chegou a equacionar enveredar por outros caminhos. “Ainda tive os meus conflitos. Trabalhei com animais durante alguns anos, sempre resgatei cães e gatos, e pensei muito em ir para uma ciência qualquer de reabilitação ou de veterinária. Mas pensei: se eu não for para a música agora, nunca vou. E eu tenho a certeza que vou acabar a trabalhar com animais, nem que seja com 60 anos, em casa. Mas se eu não for agora gravar as músicas, eu nunca vou. Se não for agora estudar isto, eu nunca vou”, confessa, ciente de que esta é a idade certa para arriscar.

Neste momento, terminada a licenciatura, arriscar passa por “tratar de candidaturas para alguns projetos, fundos culturais e concursos”, refere. “Às vezes ainda trabalho na parte da operação de som, como técnica de som ao vivo em espetáculos. Muito em Évora”, prossegue. No topo das prioridades está o seu primeiro EP, que Sol está já a “mixar e masterizar”, na certeza de que o segundo EP “já está em progresso”, revela, sem se comprometer com datas. “É um trabalho que está 100% em cima de mim. Neste momento é difícil dar uma data, mas eu gosto de acreditar que em março o primeiro EP já estará lançado”, explica a jovem artista que escreve e compõe as suas próprias músicas e assume toda a produção. “Marco o estúdio, gravo, edito, mixo e masterizo. Desde a equalização até à distribuição”, exemplifica.

Recentemente, viu um dos seus temas ser selecionado para a Prova de Acesso ao Festival da Canção. Ainda que fuja a sete pés da exposição pública, “não quis recusar a oportunidade”. “E é sempre uma boa experiência”, admite, já depois de ter reconhecido que tem “problemas com toda a parte da exposição, exceto atuar ao vivo”. “A partir do momento em que estou atrás da guitarra e estou a cantar, está tudo bem. Tudo o que é dar entrevistas, as pessoas olharem para mim em entrevistas, falar, e redes, e vídeos, e coisas. Isso para mim é mais difícil. Mas estou a tentar desafiar-me, estou a tentar sair da zona de conforto”, testemunha. “E por isso é que também fui para o festival, porque estive um ano em pausa artística, só a trabalhar imenso na parte de backstage. Parei de compor e tive bloqueios gigantes no ano passado. Acho que foi preciso fazer mesmo o que eu não queria fazer, que era ter exposição, ir mesmo contra as coisas que eu estava a fugir, para começar a desbloquear. Obriguei-me a sair da zona de conforto e a lançar”, justifica.

Uma tour especial

Aos 22 anos ainda se tem o futuro todo pela frente e uma lista infindável de planos para concretizar. No seu caso, o topo da lista é ocupado pelo sonho de “fazer uma tour nacional em espaços mesmo pequenos”. “Porque a minha música é bastante acústica”, conta. “A ideia é começar no norte do país, ir a espaços mesmo muito pequenos e fazer concertos em que mostre o EP. Eu já toquei aqui em Aveiro em alguns espaços pequenos. Já toquei em Lisboa, já toquei por outros sítios de Portugal, mas gostava de organizar isso em torno do EP e tentar fazer um marketing e uma comunicação boca a boca”, anuncia.

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A hipótese de sair, durante algum tempo, para fora do país, também não está afastada de todo. “Não sonho com isso, mas acho que vai acabar por acontecer, nomeadamente no mestrado que eu supostamente vou fazer para o ano. Deve ser fora do país”, declara. “Finlândia, Escócia, Suíça, são todos sítios onde já tive ofertas, ou de um mestrado ou de trabalho. Então já pude ponderar. É muito menos precário que Portugal. E a qualidade de vida não é a pior de todas”, observa, consciente do quão difícil é fazer uma carreira artística no nosso país. “As ofertas de trabalho aqui em Portugal são muito escassas”, lamenta.

A vida como fonte de inspiração

De onde vem a inspiração para escrever tantas canções? “Da minha cabeça um bocado doida, da minha frustração, da minha intensidade. Sou uma pessoa intensa. Se uma coisa acontece, marca-me muito e tem de sair de alguma forma. E sai pela música ou pelo texto. É terapêutico”, admite. “Por isso é que foi difícil estar em bloqueio artístico”, acrescenta a artista que tem como principais referências nomes como Alicia Keys, Manuel Cruz, Tim Bernardes, Rodrigo Alarcon, entre muitos outros.

Depois de conhecermos a sua faceta de letrista e compositora, já com canções escritas para outras pessoas, perguntamos-lhe para quem gostava de escrever uma canção. “Não conheço muitos artistas que não sejam autores, mas gostava de ouvir um tema meu cantado pelos Napa”, refere. “Também acho que poderia ser interessante escrever uma música para a Carolina Deslandes. Não é o meu estilo pessoal, mas é uma pessoa que tem letras boas, interessantes, trabalhadas e acho que podia ser ali uma cena fixe”, remata.

 

 

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