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Royal School of Languages: Quatro décadas de ensino de línguas

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1987. Portugal tinha acabado de aderir à CEE (Comunidade Económica Europeia), cenário que trazia novas realidades e também novos desafios ao país. Este retângulo à beira-mar plantado, era cada vez menos um país isolado e a necessidade de dominar outras línguas tornava-se ainda mais evidente. Foi neste contexto que surgiu, em Aveiro, a Royal School of Languages, uma das mais antigas escolas de línguas do país, embalada pelo sonho de uma mulher, Rosa do Céu Amorim, que ainda hoje é um dos principais rostos do projeto.

Nascida em Reigoso, Oliveira de Frades, foi numa viagem a Inglaterra, quando ainda estava a estudar Filologia Germânica – cuja licenciatura viria a concluir, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto -, que Rosa do Céu se sentiu inspirada a abrir uma escola de línguas. “Estava na faculdade e ganhei, na altura, um prémio do Estado português para ir a Inglaterra fazer um curso. Lá, eu concentrei-me, naturalmente, muito no curso, na parte que devia, mas também me concentrei no sonho de abrir uma escola em Portugal”, confessa. A ideia foi germinando, sempre com a perspetiva de “abrir no Centro-Norte, porque tudo o que acontecia na época era em Lisboa”. Em setembro de 1987, os planos cumpriram-se, e já com o ensino de outras línguas além do inglês, nomeadamente alemão, francês, italiano, espanhol e português para estrangeiros.

A poucas semanas de soprar as velas do 38º aniversário da escola que há muito ultrapassou as fronteiras do município de Aveiro – está representada noutras dez cidades portuguesas e também em Bath, Inglaterra -, Rosa do Céu abre-nos as portas do estabelecimento que encontrou morada num dos mais belos edifícios da cidade. Está plantado de frente para o Canal Central e conta com quase 200 anos de existência (os registos mais antigos remontam a cerca de 1860, referem os proprietários).

Não foi ali que tudo começou. “A primeira Royal School nasceu na Avenida. Depois é que veio para aqui, mais tarde, porque achámos que esta casa tinha, de facto, as condições para aquilo que nós queríamos pedagogicamente, com todo o conforto e, enfim, com toda a dimensão”, enquadra. Dentro daquelas paredes brancas, ornamentadas por painéis de azulejos, encontramos várias salas de aula e de apoio a alunos e professores que preservam a história do edifício. “Respeitamos tanto quanto possível o interior do imóvel”, destaca Rosa do Céu, notando que o facto de trabalharem com “grupos pequenos, com turmas com uma dimensão que ninguém no mundo chamaria de turma”, ajudou a que tenham conseguido manter a identidade do espaço.

Uma escola de várias gerações

Naquela tarde de reta final de ano letivo, a nossa conversa foi interrompida, por breves instantes, devido à presença de uma ex-aluna. “Para nós será sempre uma menina, mas hoje é mãe de três filhos e veio cá pedir informações para inscrever o filho mais velho e também para o marido”, notava Rui Amorim, filho da fundadora e membro da administração da escola. “Já vamos na terceira geração, netos de alunos”, prosseguia, considerando que “isto é uma responsabilidade”.  “As pessoas tiveram provas dadas no tempo delas e, agora, vão entregar os seus, investir nos seus”, especifica.

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Em 38 anos, foram muitos os alunos que passaram pelas salas de aulas das escolas Royal School, assim como nos cursos de verão que o estabelecimento organiza em Inglaterra, com o cunho da Languages United, instituição de ensino que detém, desde 2006, com um parceiro local. É verdade que os tempos são outros, mais propícios a aprendizagens online, ao recurso a ferramentas de inteligência artificial, mas há aprendizagens que a tecnologia ainda não conseguiu garantir.

“Não há aplicação que consiga transmitir ou ensinar aquilo que é viver com uma família inglesa”, vinca Rosa do Céu.“Nós somos seres sociais, seres comunicacionais e precisamos do convívio com outros”, realça, por seu turno, Rui Amorim, exemplificando com a imersão que os alunos conseguem ter quando frequentam um curso em Inglaterra ou nas salas de aula que a escola tem em Portugal. “Porque a partir do momento em que se entra numa sala de aula, se for aula de inglês, é inglês que se fala ali dentro. Se for de alemão, é alemão. Por aí adiante”, frisa, sem deixar de reconhecer que as tecnologias não são um ‘bicho-papão’”. “Pelo contrário, a inteligência artificial, o computador, o papel, como disse há pouco, a caneta, o quadro, são tudo ferramentas que potenciam uma mais e melhor rápida, uma mais e melhor, sim senhor, aquisição de competências pelo aluno”, remata.

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