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Coisas boas e novas em Aveiro. (Ainda) a Avenida e espaços de lazer

Opinião

Primeiro, duas boas notícias para os aveirenses: o Terraço, esse mítico bar no Edifício 15, reabriu ao público, e experimentei também um dos mais recentes restaurantes da cidade, o Ryoko e posso garantir que é das melhores coisinhas que comi nos últimos tempos.

Mas vamos por partes. Lembro-me de ter 14 anos e ir ao Terraço - na altura o meu grupo de amigos era mais velho e as memórias que tenho, só possíveis na cabeça dum miúdo a começar a experienciar o mundo, era que parecia estar em Nova Iorque. Havia gente gira, coktails (Pisang Ambon com coca-cola, provavelmente) e um terraço (na altura era assim que se designavam os rooftoops e os sunsets eram apenas pores do sol) onde dava para ver uma cidade que parecia tão diferente vista de cima (também não existiam drones nem google maps).

Esse encanto ficou sempre em mim. E, de vez em quando, olhava lá para cima a pensar como aquilo poderia voltar a ser um bar incrível. Parabéns a quem pegou no espaço e o trouxe de novo à vida. Aveiro precisa deste espírito inovador.

Outra grande e boa surpresa é o Ryoko. É um restaurante take-away, mas também servem no local - uma mesa grande para 12 pessoas, mas apenas para degustações ou almoços/jantares de grupo com marcação. O que servem por lá? Ramen (??). Pois, também não sabia muito bem o que era e a imagem que tinha era de uma sopa deslavada com uma série de coisas lá enfiadas dentro. Sou um ignorante pois claro (só para não me chamar deslavado). O projeto é de grande qualidade. Não sou um conhecedor da gastronomia asiática mas aquilo que comi é um bálsamo para o corpo. Surpreendente, muito saudável e super saboroso.

Depois, a Avenida. Dei por mim a pensar porque é que falamos tanto da avenida? Porque ela é parte de nós, Aveirenses.

Em média, quantas vezes percorre um Aveirense a avenida durante a sua vida? Era uma boa pergunta para o Google.

Queria só acrescentar ao que já escrevi sobre a avenida, e para não ser injusto, que há coisas de que gosto muito: os candeeiros com dois focos de luz, um para os peões e outro para os carros; Os bancos, que me fazem ver grupos de pessoas a sentarem-se para conversar um pouco; os pequenos jardins, adoro as plantas/arbustos escolhidos. E outras que não entendo: a acrescentar à ausência de pista para ciclistas, o número de sinais de trânsito. São 127! (Na verdade não os contei, por isso, se alguém me quiser corrigir agradeço). É perfeitamente absurdo e até contraditório, ou seja, a proliferação de sinais torna a informação ruidosa e difícil de perceber. E enquanto por ela caminho uma série de questões me assolam: Seria o responsável da obra um maníaco por regras de segurança? Receberá uma comissão por cada sinal de trânsito? Nunca saberemos…

E para terminar: Espaços de lazer na cidade.

Pensar que a evolução da espécie humana é algo linear e gradual é como já se sabe uma falácia. E se dúvidas houvesse bastaria pensar no planeamento urbano e paisagístico das cidades.

Se hoje temos uma cidade bonita e cheia de turistas é, em grande parte, ao legado urbanístico que nos foi deixado (e que deveríamos honrar).

Se não existisse o mercado Manuel Firmino, um dos ex-libris da cidade, aquela zona seria mais um aglomerado de prédios (vendidos a muitos milhões).

Se não fosse o parque da macaca não teríamos um parque digno desse nome. Falo de parques. Daqueles a sério, com árvores.

O Fonte Nova é um exemplo disso. Um espaço novo, bonito mas em que 70% do espaço é um relvado gigante, sem uma sombra, sem uma árvore, sem um banco, nada. Um espaço que poderia ser um parque incrível restringe a sua vivência a menos de um terço do espaço. Ainda vamos a tempo, bastava colocar algumas árvores e uns bancos. Seria algo fácil, bom para todos e com muito pouco investimento. Até lá continuaremos a ter 70% de um dos espaços mais nobres da cidade para utilização dos cãezinhos e dos seus donos.

Era bom que quem faz e manda fazer pensasse como é que se vai utilizar aquilo que constrói. Não é apenas pensar, é colocar-se no papel de quem usa. Se assim fosse, acredito que ninguém mais faria um parque infantil ou um relvado gigante sem ter uma sombra ou um banco para se sentar.

Vejo andaimes e prédios a crescer por todo o lado e não vejo espaços novos de lazer, verdes ou não, a aparecer. Aveiro estende as suas fronteiras todos os dias, quem pensa a cidade tem que pensar em novos espaços de fruição comum. Praças, jardins, etc. Ou vamos só reproduzir novos aglomerados de cimento, como as Barrocas, pela cidade e depois juntamo-nos todos na relva sem sombra do Fonte Nova ao domingo?

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