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Dar voz ao indizível

Opinião

 

 

"Só acredito no que vejo". A frase lapidar ecoou nos corredores da Universidade. Passados tantos anos ainda recordo bem o momento. Ele tinha um ar de galã e uma frase existencialista como esta, com alguns gestos teatrais a acompanhar, acentuava ainda mais a admiração das fãs. Na altura só me lembro de pensar "como podia ele ter tanta certeza?". Mas nas décadas seguintes, com a proliferação dos ecrãs, a profecia concretizou-se: a crença de quase todos passou para a imagem.

Nada de novo - dirão alguns citando as pinturas e gravuras dos grandes imperadores. Mas estamos numa aceleração nunca antes registada pela História. Agora a realidade passou a ser filtrada por dispositivos eletrónicos, qual distopia orwelliana. E se muitas vezes escrevo sobre o avanço da ciência e tecnologia, tal não me impede de saber bem que o salto da técnica como unificadora absoluta da sociedade tem sombras terríficas, como é o caso da Alemanha dos anos 30.

Na bolha das redes sociais, como agora se diz, estamos já para lá da fronteira da propaganda clássica. Há vídeos totalmente criados pela dita "inteligência artificial".

Se as máquinas passam com sucesso o teste de Turing, o que é ser-se "humano"?

Estaremos condenados a ser um produto? Uma acumulação de dados (fotografias, vídeos e textos) cada vez mais telegráficos? Tudo disponível numa nuvem pronta para ser rentabilizada num avatar eterno?

Mas eis que a literatura nos oferece uma tábua de salvação. É assim que Jon Fosse nos eleva no belíssimo conto "Uma brancura luminosa " em que um homem avança na floresta densa. Uma prosa mística e em contracorrente com o materialismo atual. Uma escrita que, como afirmou a Academia Sueca durante o anúncio do Nobel da Literatura, dá "voz ao indizível".

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