Pizzarte, uma instituição sempre jovem!

Onde se come

João Manuel Oliveira

É um restaurante do qual é fácil falar. Ou melhor, é uma instituição da qual é quase íntimo escrever. Porque nestes 35 anos (que os faz no dia 25 de abril…) a Pizzarte, virada para um público mais jovem, que gosta de pizzas, massas, saladas e afins, viu crescer a sua legião de admiradores, quase fãs. Porque os jovens de há 35 anos são agora avôs e avós, que levam os seus filhos e os netos quando saem com eles. E há algo de mágico no encomendar uma pizza ou no de acompanhar os filhos num crepe doce ou salgado… Uma instituição que muitos descobriram.

Nascidos num ano mágico da noite aveirense, a Pizzarte surge através dos irmãos Castelhano e com a decoração sempre apoiada no Pedro Andrade. Localizados, desde o início, na rua Von Hafe, num espaço que foi aumentando, e aumentando e aumentando ao longo dos anos, a Pizzarte nunca foi igual. Deve ter sido o primeiro espaço de restauração da cidade a ter uma decoração sazonal, que vai mudando. Segmentou-se num conjunto de pratos que captam a atenção de miúdos e graúdos, de todas as idades e géneros. Foi a génese e a salvação de muitos que precisam de dinheiro a servir às mesas. Piercings ou tatuagens nunca foram impedimento e t-shirts “fora da caixa” a promover a casa também são imagens de marca. E para finalizar a caracterização da marca, basta dizer a ligação à comunidade. Apoio desde sempre ao Xadrez, patrocínio de atividades e ligação à cultura, em especial aos livros.

Atualmente ocupa quase 900 metros quadrados e, mesmo assim, arriscamo-nos a esperar um pouco por mesa. Imaginem o que era antigamente, primeiro com uma e depois com duas salas… Mas vamos ao que alimenta os corpos, porque o espaço alimenta a imaginação.

Pizzas fazem parte do nome da casa, mas com facilidade optamos por massas, crepes (sejam salgados ou doces), saladas ou massas. A máquina da cozinha está perfeitamente oleada e por isso não demoram muito a dar vazão aos pedidos. Os pedidos começam, tradicionalmente, por um pão de pizza (com ou sem queijo) e depois é que se faz a escolha. As escolhas pessoais são, como entendem pessoais, mas 35 anos de casa faz com que haja pratos mais tradicionais que outros.

A pizza com nome da casa, a Pizzarte, leva desde ovo cozido e espinafres, entre outros ingredientes. Mas podem optar pela Brava, Sorpresa, e muitas outras opções, até de um Calzone. Os sacrilégios, para alguns, são a normalidade aqui e por isso podem degustar pizzas com banana ou ananás. As saladas são outra das opções e fazem uma bela refeição, agradável à vista e ao apetite. A carta de massas é especialmente completa, desde as lasagna aos vários spaghetti tradicionais. Nos crepes, em especial em modo doce, é um delírio de calorias. Mas não se esqueçam de experimentar, um dia que seja, o Aveirense. Quem avisa amigo é. Encerro a crónica do ponto de vista de dar ao dente lembrando que, agora espero que tenham percebido a razão porque quer avós quer netos preferem o espaço… ?

Nas bebidas, as opções são variadas embora haja best-sellers. A sangria ou a champanhada (nome que deveria ser mudado para espumantada…) viajam normalmente para as mesas, embora a cerveja também seja uma opção de sucesso e, ao almoço, as águas e cola estejam em muitas mesas. Ou não há maior “guilty pleasure” de comer uma pizza com coca-cola?

Tradicionalmente, ao fim de semana, há quem use o bar como ponto inicial ou final da refeição, escolhendo um aperitivo, cocktail diferente para sinalizar uma refeição, também ela, diferente.

Caros leitores, continuamos a receber as vossas sugestões para gastronomia@magnumwineclub.com ou para os contatos da AveiroMag.

Preço médio (15/20 euros) – https://pizzarte.com/

Horários