As contas finais foram apresentadas na tarde deste domingo, durante a festa de inauguração à qual afluíram várias centenas de aveirenses. O custo total da obra de requalificação do Rossio ascende aos 20,5 milhões de euros, anunciou o presidente da autarquia, Ribau Esteves, que já tinha deixado antever, em maio, durante uma visita à obra, que a fatura final ia ultrapassar largamente os 12,4 milhões de euros da adjudicação, por conta de trabalhos a mais e também por causa da crise inflacionista. A esta conta final de 20,5 milhões, a autarquia aveirense tem a subtrair 4,4 milhões de euros pagos por financiamento comunitário (2,2 milhões) e o montante pago pela empresa concessionária do estacionamento (2,2 milhões).
Quais os ganhos trazidos por esta obra que obrigou a câmara a enfrentar “mais de uma dezena de processos em tribunal”? “As partes pedonais aumentaram bastante em relação ao que havia, passámos a ter ciclovia dedicada, aumentámos as áreas verdes e temos mais 25 por cento de árvores”, notou o edil, durante o seu discurso. Os automóveis, acrescentou, foram colocados no “seu sítio”, ou seja, num parque subterrâneo com “ventilação natural”.
“O primeiro convidado de honra deste espaço vai ser o São Gonçalinho”, realçou Ribau Esteves, aludindo à festa que começa já esta quarta-feira. O dia 1 de fevereiro será, então, o dia em que aquele espaço “entra em plena utilização”, com a abertura do parque de estacionamento.
Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), também destacou as mais-valias trazidas pela intervenção, “permitindo o usufruto pleno deste local num sítio estratégico, fazendo com que os carros aqui estejam e ninguém os veja”. Um exemplo, referiu, de “como os dinheiros comunitários são bem empregues”.