O barco moliceiro, embarcação autóctone da Ria de Aveiro, acaba de ser considerada “embarcação de interesse histórico” pelo Instituto Marítimo Portuário (IMP), na sequência de um processo desencadeado há dois anos pela Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro.
A partir de agora “as embarcações deste tipo não precisam dos trâmites habituais exigidos na construção das embarcações dedicadas à náutica de recreio”, bastando apenas “a autenticação pelo construtor naval (Decreto-lei nº96/97, ponto 4, alínea e)”.
Acima de tudo, esta decisão vem dar "estatuto e reconhecimento" à embarcação aveirense, destacou Belmiro Torres Couto, vice-presidente da Associação dos Amigos da Ria e do Marco Moliceiro. "É uma vénia ao moliceiro", acrescentou, em declarações à Aveiro Mag, já depois de se regozijar com o desfecho do processo iniciado há vários anos.
Este reconhecimento, recorde-se, surge numa altura em que está também em curso a candidatura os moliceiros e a construção naval da Ria de Aveiro a Património da Humanidade. O processo, liderado pela Comunidade Intermunicipal da Ria de Aveiro (CIRA),está já formalmente lançado e espera a decisão final.