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Festival Rádio Faneca juntou mais de 23 mil pessoas em Ílhavo

Sociedade

Na décima edição do Festival Rádio Faneca, que aconteceu entre os dias 16 e 18 de junho, o centro de histórico de Ílhavo acolheu mais de 60 eventos e a visita de "mais de 23 mil pessoas, além das centenas de ouvintes que acompanharam as 30 horas de emissão da rádio do festival", estima a organização do evento.

Numa edição cujo manifesto convidava a desacelerar, Mariana Carlos Ramos, vereadora da câmara municipal de Ílhavo responsável pelo pelouro da cultura, afirma que “o festival trouxe a vida ao centro de Ílhavo durante três dias de muita animação e oferta cultural. O mote do descanso, de parar, de contrariar a rotina na qual nos perdemos e a importância de parar e reparar no que nos rodeia, nas pessoas que vivem e partilham os nossos espaços, que têm histórias e sabores e memórias para partilhar connosco e nos convidam à sua casa.”

Destaque para o projeto Casa Aberta, com os habitantes do centro histórico a abrirem a porta das suas casas para um jantar e o desenvolvimento de um projeto artístico, orientado pela poetisa Francisca Camelo, que desafiou as famílias a partilharem as suas memórias relacionadas com a comida, que resultaram num livrete de poemas e receitas que falam mais de emoções do que de comida. Neste jantar-performance, que aconteceu no sábado, participaram dezenas de inscritos que os anfitriões desconheciam e cerca de uma centena de convidados que se espalharam pelos becos da cidade.

Também as histórias dos becos voltaram à origem, ao labirinto do centro histórico, tendo ocupado quatro becos diferentes com “Desabruxar”, que reunia quatro histórias criadas pela atriz Ana Madureira, que explorou as memórias da comunidade ilhavense, sobretudo da Rua João de Deus, relacionadas com bruxarias e mitos antigos associados. Também nos becos aconteceram seis concertos, os de Jasmim e Filipe Sambado e os de quatro duplas de oito projetos ilhavenses, que se juntaram pela primeira vez: Cláudio da Paula e Paula Cirino, Henrique Vilão e Satha Lovek, António Justiça e Rui Pereira e ainda Equinócio e Wine on the Carpet.

No Jardim Henriqueta Maia, onde estavam a Oficina do Brincar, o espaço dos Maiores Idade, que bordaram e venderam dezenas de sacos feitos por eles nestes dias, um espaço para estar e conviver, ainda o espaço de restauração do festival, aconteceram os concertos e festas do Palco Jardim e do Palco Carlos Paião, onde atuaram Tó Trips, Glockenwise, Helena, Zé Ibarra, B Fachada, João André Oliveira, Luca Argel e Orquestra Jazz de Matosinhos e Manuela Azevedo, em espetáculos que encheram o jardim de pessoas e momentos de celebração e liberdade, alinhados com o espírito a que convida o festival.

No palco rádio, em que aconteceu durante três dias a emissão da rádio do festival, este ano conduzida por Marta Rocha, da Antena 3, e Maria Inês Santos, do 23 Milhas, foram promovidas conversas e entrevistas com os artistas e com alguns dos participantes da comunidade no festival. Além disso, foram apresentados pequenos excertos de dois dos projetos de continuidade do 23 Milhas: o Coro da Madrugada, que trabalha o repertório de José Afonso, e prepara um espetáculo para agosto, mês do aniversário do artista; e também de Orquídea, grupo comunitário orientado pela companhia teatral Bandevelugo que trabalha o legado poético, político e ativista de Natália Correia e apresenta um espetáculo final em setembro deste ano.

Destaque ainda para os espetáculos Masajes de la Visión, de Idoia Zabaleta e o projeto de teatro Soundcheck, do Teatro da Didascália, que ocuparam o interior da Casa da Cultura de Ílhavo, e Chá das 5 - Peça para quatro amigas mais uma que nunca mais chega, espetáculo de teatro e circo contemporâneo da Coração nas Mãos que se apresentou no Jardim Henriqueta Maia.

O Rádio Faneca arranca muito antes de começar e, numa edição que convidava à contemplação, à desaceleração e à deambulação, reforçou o seu contacto com as escolas, onde promoveu oficinas com várias turmas que prepararam objetos para apresentar na rádio e com quem falou sobre rotina e sobre a necessidade de abrandar. O festival cresceu não só em afluência, mas também em impacto e em sentido de pertença, reforçando a ligação à comunidade local, escolas e famílias, associações, comerciantes, artistas e público local e nacional que fizeram com que, ao longo de três dias que passaram a correr, o convite a navegar mais devagar parecesse possível.

*Fotos: Mariana Silva

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