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Pedras no caminho? Susana Campos transforma-as em arte

Artes

 

 

Todos nós vamos encontrando pedras no caminho, mas muito poucos têm o dom da aveirense Susana Campos: transformá-las em obras de arte. Pedaços de louça ou de azulejos que estavam destinados a morrer num qualquer monte de entulho, tornam-se figuras de destaque numa tela – quem diria que um pequeno caco pode ter a mesma forma que um barco, um vaso de flores, um estendal carregado de roupa, entre outros objetos? Ainda que recuse ser apelidada de artista, Susana Campos não tem parado de produzir quadros, tendo, inclusive, já exposto os seus trabalhos ao público por duas vezes. No próximo dia 11 de maio, volta a fazê-lo, na Casa de Chá do Museu de Arte Nova, entre as 15h00 e as 20h00 – assim mesmo, em formato pop-up. São 100 telas de pequenos formatos, desvenda a criadora que despertou para esta forma de arte por obra e graça do próprio destino. 

Tudo aconteceu em 2018, quando Susana Campos começou a plantar o terreno da casa onde reside. “Começaram a sair bocados de peças da Vista Alegre, louça de Sacavém, azulejos pintados à mão... coisas incríveis, peças maravilhosas. E, quando dei por mim, tinha meia dúzia de baldes completamente cheios de pedras coloridas. A beleza era tanta que decidi não deitar aquilo fora e comecei a brincar. Essas peças começaram a ganhar forma na minha cabeça”, conta. Estava, assim, iniciada a aventura de fazer arte aos pedacinhos, ainda que “de forma muito primitiva”, nota.  

Seguiu-se um tempo de pausa. Susana foi obrigada a parar e a travar uma batalha na área da saúde, mas assim que pôde voltou a pegar nos seus cacos. “E, naturalmente, fui evoluindo nos quadros”, repara a profissional de relações públicas que está prestes a realizar a sua terceira exposição individual. A primeira, aconteceu na Galeria Nuno Sacramento, em Ílhavo, com a receita da venda dos quadros a reverter para o grupo multidisciplinar de OncoSexologia do IPO de Coimbra. A segunda, decorreu em Lisboa, mais concretamente no espaço atmosfera m, do Montepio. Segue-se Aveiro, a terra onde Susana Campos cresceu e vive, mais concretamente a Casa de Chá do Museu Arte Nova, num evento aberto ao público e que contará com a atuação musical de Freddy Strings. 

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Pedrinhas de variados pontos do mundo

Esgotada a fonte de matérias-primas lá de casa – os tais cacos que a levaram a despertar para a arte -, agora Susana Campos vale-se de cada passeio para recolher pedrinhas para os seus quadros. “Tenho pedacinhos de Cabo Verde, do México, Espanha, dos mais variados cantos de Portugal... tanto sítio”, refere, sem esconder que grande parte do material que usa é proveniente de entulho. “Vejo uma obra e peço para entrar e ver que pedras têm. E acaba por ser engraçado”, acrescenta.

Sem formação na área artística, Susana Campos admite que sempre teve um sentido estético apurado. “Sempre dei muita atenção aos detalhes nos eventos que organizo”, repara a criadora que começa sempre por idealizar as telas a partir das pedras que vai encontrando. “É a pedra que dita o caminho que eu vou levar. Há uma pedra que eu adoro, pego nela e penso: ah, isto dava um guarda-sol tão giro”, desvenda.

Pode ficar a conhecer tudo a 11 de maio, na mostra “amor à beza”. O nome advém das viagens à ilha da Boavista, em Cabo Verde, onde Susana Campos se sentiu impulsionada, pelo companheiro, a dar continuidade à sua arte.

 

 

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