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Bruno Henriques e Sérgio Duarte: a dupla por trás do Jovem Conservador de Direita

Artes

A 30 de janeiro, em plena noite eleitoral, numa emissão em direto através da sua página no Facebook, o Jovem Conservador de Direita e o seu Estagiário decidem telefonar para o CDS com uma proposta de compra do seu edifício-sede. Àquela hora, a possibilidade de o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos não conseguir eleger nenhum deputado e, assim, ficar sem representação parlamentar pela primeira vez na história – o que viria a confirmar-se poucas horas depois – era já um cenário provável. Ora, na lógica do Doutor – como o Jovem gosta de ser tratado –, e dadas as circunstâncias, a sede do partido no Largo Adelino Amaro da Costa, em Lisboa, estaria em vias de ficar disponível e, portanto, era altura para ponderar investir.

Longe de imaginarem que, do outro lado da linha, estivesse alguém com disposição para ter uma conversa mais prolongada, foi com evidente surpresa que não só viram a sua chamada atendida, como deram por si em diálogo com um suposto militante centrista. Este interlocutor, que não chegou a identificar-se, não hesitou em partilhar o sentimento de tristeza que estava a sentir quanto aos resultados das eleições e de confessar que a vitória do PS era sinal de que “o povo é burro”. “O que mais me surpreendeu foi ele ter verbalizado aquilo que alguns membros do CDS pensam, mas têm pudor em dizer: que o povo é burro”, reconhece o Jovem Conservador de Direita. “Esta é das melhores definições de democracia que podemos ter: quando as coisas correm a nosso favor e elegemos deputados, o povo é extraordinário; quando não elegemos deputados, como é óbvio, a culpa é das pessoas que não votaram em nós”. “Muitas vezes, as pessoas precisam de ser protegidas da democracia”, completa o Estagiário, dando o mote para uma extensa troca de ideias sobre a necessidade de “educar o povo até poder haver eleições a sério”. Propostas como “o direito de voto passar a vir anexado à declaração de rendimentos” ou a eventual criação de um sistema de “quotas na CNE que atribua um maior número de votos a quem pague por eles” são atiradas para cima da mesa. Tudo, claro, com vista a “uma democracia mais justa”, que ponha fim a “esta injustiça de um voto por pessoa que nos tem levado à catástrofe do ‘xuxalismo’, como diz o doutor Tiago Mayan”, defendem.

Voltando ao rescaldo das legislativas, o Estagiário acha “difícil” a salvação do CDS. “Acho que o CDS morreu mesmo, mas continuará sempre vivo na Iniciativa Liberal, no Chega e nos nossos corações”. Mais otimista, o Jovem Conservador de Direita ainda deposita esperanças numa liderança encabeçada pelo eurodeputado Nuno Melo: “A única forma de recuperar o CDS é o doutor Nuno Melo começar a usar os mesmos chavões do doutor Cabeça de Geleia . Só assim conseguirá recuperar antigos membros que vão lembrar-se do cartão do CDS que já tiveram e voltarão para o partido”.

Apesar de o país ainda aguardar pelos votos do círculo da Europa onde, depois de anulada pelo Tribunal Constitucional, a votação terá de ser repetida, já é seguro afirmar-se que estas eleições resultaram numa redistribuição dos lugares no Parlamento. De acordo com a análise do Jovem Conservador de Direita e do seu Estagiário, “o PS teve uma maioria absoluta, mas a vitória foi da direita. Afinal, a extrema-esquerda perdeu em toda a linha – que era o mais importante – e isto abre caminho ao PS para governar à direita. Não mais têm de carregar o fardo de agradar aos partidos de esquerda”. Recorde-se que, na ala esquerda do hemiciclo, o Bloco de Esquerda passou de terceira a sexta força paramentar, perdendo 14 deputados; a CDU elegeu apenas seis deputados (nenhum deles do PEV, que também desaparece do Parlamento); quanto ao PAN, também perdeu deputados, conseguindo, ainda assim, assegurar representação parlamentar com 1 deputada; e o LIVRE que, depois de retirar a confiança política a Joacine Katar Moreira, tinha ficado sem representação parlamentar na anterior legislatura, elegeu Rui Tavares pelo círculo de Lisboa.

Quanto à direita, entende o Jovem Conservador de Direita, “está viva e moderna!”. Por um lado, no que concerne à Iniciativa Liberal, temos um reforço no número de deputados (passaram de 1 para 8 eleitos) e a afirmação da “ideologia do neoliberalismo, uma coisa muito moderna que, até agora, não existia em Portugal (à exceção de todos os economistas saídos da Nova SBE – School of Business and Economics – que foram tirar PhDs para os Estados Unidos). Apesar de ser uma ideologia dos anos 80 do século XX, já sabemos que as modas demoram a chegar a Portugal”; por outro, temos o estabelecimento do Chega como terceira força parlamentar com 12 deputados. “ é o grande vencedor da noite. Novamente, uma ideologia muito moderna. Se, há uns tempos, tivemos muitas festas de ‘Revenge of the 90s’ , o Chega trouxe para a política portuguesa uma lógica de ‘Revenge of the 30s’. É uma coisa vintage, requintada”, explica o Jovem Conservador de Direita. “A começar pelo lema com que se apresenta”, prossegue o Estagiário. “Um partido que aparece com o lema ‘Deus, pátria, família e trabalho’, uma fusão entre o lema do Estado Novo e ‘O trabalho liberta’ de outra ideologia . Sim, porque ‘Deus, pátria e família’ sem ‘trabalho’ pode ser o lema de um subsídio-dependente que está em casa a jogar consola com os filhos. É curioso especificarem a questão do trabalho. De facto, o doutor Salazar era demasiado liberal”.

Finalmente, o PSD. Os sociais-democratas saíram destas eleições com uma derrota pesada e, depois de Rui Rio ter confirmado que está de saída, já começaram a alinhar-se possíveis candidatos à liderança do partido. Quando o Jovem Conservador de Direita se deu a conhecer na esfera pública - precisamente, no rescaldo de umas eleições legislativas, as de outubro de 2015 – apresentou-se como sendo “candidato à liderança do PSD” e defendendo, por exemplo, “a anexação do CDS e a formação de um partido único à direita”. Seis anos depois, o Doutor entende continuar a ser o “candidato natural” ao cargo de presidente dos sociais-democratas. No entanto, não pondera apresentar candidatura. “Estou à espera de que haja um movimento interno que me eleja por aclamação. É a única forma”. “O Doutor não vai rebaixar-se ao ponto de ter de ir comer carne assada para as concelhias, não tem tempo para isso”, verifica o Estagiário.

Como seria, afinal, um país governado pelo Jovem Conservador de Direita? Aos olhos do próprio, a resposta parece demasiado óbvia, ainda assim, não se escusa a esclarecer: “ melhor! Um país livre do socialismo e em crescimento económico permanente”. “Imagine o sistema de saúde da Suíça, o sistema fiscal da Bulgária, a educação da Suécia e o poderio militar combinado da China e dos Estados Unidos”, esmiúça o Estagiário, aproveitando para recordar outra das medidas que o Jovem defende desde as primeiras aparições: “Uma das primeiras políticas do Doutor seria vender o naming de Portugal a uma grande empresa. É um desperdício termos um nome que é tão falado e este não estar a render para os cofres do Estado”.

Quando a Aveiro Mag esteve nos estúdios da Rádio Antena Vareira, em Ovar, à conversa com o Jovem Conservador de Direita e com o seu Estagiário sobre as últimas eleições, aproveitou para conhecer igualmente Bruno Henriques e Sérgio Duarte, criadores e intérpretes destas personagens satíricas.

Bruno e Sérgio ter-se-ão conhecido no ano de 2015, pouco tempo antes do aparecimento do Jovem Conservador de Direita. Bruno é natural de Aveiro, mas vive em Ovar, terra-natal de Sérgio, desde 2008. O primeiro esteve para ser economista, mas acabou por se formar em História; o segundo, estudou Psicologia. A uni-los está a paixão que nutrem pela escrita e pelo stand-up comedy.

Antes de se encontrarem pela primeira vez, Bruno e Sérgio já tinham os seus próprios “projetos de escrita humorística”, uma maneira eufemística e algo pomposa de designar os blogs onde partilhavam ensaios cómicos, crónicas e ideias: “O Javali de Vladivostok” e o “Corta-Unhas Melancólico”. “Nomes altamente catchy (apelativos) para quem quer comercializar comédia”, troça Bruno. Sérgio lembra que, da mesma forma que, “agora, o pessoal usa expressões idiomáticas para dar nome aos seus podcasts, na altura, havia uma vaga de nomes ao calha.” N’“O Javali de Vladivostok”, Bruno começou por fazer desconstruções e adulterações de histórias literárias. “Mudava as capas dos livros no Paint, alterava-lhes os títulos e criava novas histórias à volta dos clássicos da literatura. No início, era uma coisa só literária, depois é que abri para outros âmbitos”. Sérgio, por sua vez, sempre adotou “um registo mais nonsense” no seu “Corta-Unhas Melancólico”. “Escrevia sketches, observações, dicas... Por vezes, também escrevia sátira, mas não era o principal foco. E nunca tive a intenção de transformar aqueles textos em performances”, garante o humorista. “ um escape, algo que me fazia bem”.

A certa altura, Bruno decide aventurar-se num curso de escrita humorística, em Lisboa, que termina com uma gala de stand-up onde os formandos são convidados a apresentar trabalho. “Gostei do resultado, gostei daquela sensação e quis continuar a fazer stand-up. Ora, quem está a dar os primeiros passos no stand-up, não vai escrever logo uma hora de material. Por isso, comecei à procura de pessoas da região que gostassem de comédia e estivessem na disposição de partilhar espetáculos. Descobri o Sérgio e combinámos um café”.

O Jovem Conservador de Direita surge num contexto muito específico. Com as eleições legislativas de outubro de 2015, apesar de a coligação PSD-CDS ter sido a força política a eleger um maior número de deputados, o PS garantiu o apoio parlamentar do Bloco de Esquerda e da CDU e, assim, conseguiu formar Governo – uma solução governativa inédita na Democracia portuguesa que haveria de ficar conhecida por “geringonça”. Ao mesmo tempo, contam Bruno e Sérgio, apareceram no Facebook muitas pessoas preocupadas com a possibilidade de Portugal estar em vias de se tornar um Estado totalitário pelo facto de o Governo estar de certa forma condicionado à extrema-esquerda. “Os comunistas vão chegar ao Governo”, “Os cães vão desaparecer das ruas” e “Isto vai ficar a Coreia do Norte”, estavam entre as principais preocupações partilhadas nesses grupos. O ambiente de paranoia adensava-se, a histeria tomava conta dos mais receosos e começavam a organizar-se manifestações públicas contra o Governo de esquerda. “E nós íamos para esses grupos regar o fogo com gasolina”, resume Bruno. Sérgio confirma. A missão era só uma: acicatar (ainda mais) os ânimos. E disparavam em todas as direções: se, por um lado, criticavam as pessoas que, concordando com o intuito daqueles protestos, admitiam a sua indisponibilidade para participar nas manifestações, noutros casos, afirmando-se como mensageiros de Nuno Melo, ordenavam o cancelamento dessas mesmas manifestações porque “a direita não se manifesta”. Para não agirem com os seus perfis pessoais naquela plataforma, criam o Jovem Conservador de Direita, uma página genérica, ilustrada com uma fotografia de um jovem engravatado retirada de um banco de imagens. “Para dar credibilidade à página, íamos publicando uns textos e, aos poucos, começámos a ser seguidos por três tipos de pessoas: pessoas que se identificavam com o que escrevíamos, que finalmente tinham encontrado alguém que escrevia aquilo que elas pensavam, por pessoas que percebiam a ironia e achavam piada e por pessoas que ficavam indignadas porque aquilo era demasiado extremista”, relata Sérgio.

A página vai crescendo e, em janeiro de 2016, o Jovem Conservador de Direita apresenta-se, pela primeira vez, fora do mundo virtual. “O Doutor ia dar a sua primeira entrevistae tínhamos de lhe arranjar uma cara. Ficou o Bruno”, lembra Sérgio. Para interpretar a personagem, Bruno tirou a barba, penteou-se com laca, vestiu-se de fato e gravata e apresentou-se no parque da cidade de Ovar para aquela que seria a sua primeira sessão fotográfica na pele do Doutor.

Conhecida aquela que passaria a ser a cara do Jovem Conservador de Direita, faltava ouvir-lhe o timbre da voz. As primeiras performances da personagem dão-se no espaço de poucos dias: primeiro, na apresentação do livro “A Falácia do Empreendedorismo” de José Soeiro e Adriano Campos e, logo a seguir, no Você na TV , mais precisamente, num painel de comentário aos 100 primeiros dias de Marcelo na Presidência da Repúblicapartilhado com a atriz Sílvia Rizzo e o blogger Ricardo Martins Pereira e conduzido por Cristina Ferreira. “Só me lembro de estar atrás dele e não conseguir parar de me rir do absurdo daquela situação. O Bruno a improvisar e as senhoras do público indignadíssimas com o que ele estava a dizer...”. Sérgio ainda não consegue conter o riso quando estas memórias lhe vêm à mente. “Propus o casamento do presidente Marcelo com a Cristina para que ela fosse primeira-dama, afirmei que o Cavaco tinha sido o melhor político da história da democracia em Portugal e pedi a concordância do público, e que o Paulo Portas estava em quarentena devido a um grave problema de herpes labial por beijar tantas peixeiras”, recorda, por sua vez, Bruno. “Foi um desempenho incrível. Eu tão nervoso e este gajo a tratar a Cristina Ferreira por doutora Cristina”.

Bruno cresceu com “Alô, alô” e os programas de Herman José. “O Herman Enciclopédia é a referência. Eu andava no liceu e lembro-me de gravar aquilo em VHS e ver repetidas vezes. as expressões do Diácono Remédios e as rábulas do Mike e do Melga”, recorda.

A memória mais antiga de Sérgio remete-o, provavelmente, para os filmes com crianças a pregar partidas ou a fazer disparates. “’Dennis, O Pimentinha’, ‘O Pestinha’, ‘Sozinho em Casa’... Não sei porquê, mas fascinava-me ver pessoas a levar com objetos na cabeça. Era como se fossem desenhos animados com pessoas a sério”. Por falar em desenhos animados, Bruno ressalva o papel que ‘The Simpsons’ teve no seu crescimento. “Lembro-me de fazer a coleção do Bollycao dos ‘The Simpsons’ e tenho presente aquele momento de viragem na série, quando o personagem principal deixa de ser o Bart e passa a ser o Homer. Tornou-se uma comédia semissofisticada, mas absurda e era algo que me atraía muito”. Ainda no campo do cinema, a dupla aveirense recorda filmes como “Robin Hood: Heróis em Collants”, de Mel Brooks, ou “Aonde é que para a Polícia?” e “O Aeroplano”, ambos protagonizados por Leslie Nielsen. “Hoje em dia, com a Netflix e o Youtube, os putos podem ver qualquer coisa quando quiserem, a dificuldade é escolher. Naquela altura, nós víamos as cassetes que tínhamos em casa. Daí eu ter visto mais trinta vezes o ‘Ases pelos Ares 2’”, argumenta Sérgio.

Com o advento da TV por cabo, as referências passam a ser sitcoms e programas de humor britânicos e americanos – como “A ilustre casa de Blackadder”, “O Escritório”, “Parks and Recreation” ou as aparições de Ali G, personagem satírica do comediante Sacha Baron Cohen – e, claro, os portugueses Gato Fedorento.

No que à personagem diz respeito, Sérgio vê o Jovem Conservador de Direita como “uma mistura de Colbert do The Colbert Report, e Diácono Remédios, do Herman ”, admitindo, contudo, influências mais pontuais de Sacha Baron Cohen ou Nathan Fielder, naquilo que é a interação da personagem com as pessoas, ou de Bruno Aleixo, nos diálogos circulares que, por norma, acontecem no formato podcast. “E tem ainda o lado mais nonsense que temos vindo a explorar com o crescimento da personagem do Estagiário”, acrescenta Bruno.

Inevitavelmente, como qualquer conteúdo humorístico, o humor do Jovem Conservador de Direita terá piada para uns e não terá para outros. Uma coisa é certa: o humor só será plenamente apreciado por quem esteja treinado para lidar com a ironia, o sarcasmo e a hipérbole, o que continua a não ser o caso de muitas das pessoas que seguem o que a personagem vai partilhando. “Eu já julguei mais as pessoas que não nos percebem”, confessa Sérgio. “Hoje em dia, tendo em conta que já conheço a Lei de Poe e que vejo coisas que, não sendo sátira, são tão ridículas, já não consigo condenar as pessoas. Já acho normal poder ter-se dúvidas”. O arquivo de insultos e mensagens de ódio dirigidas a Bruno e Sérgio é vasto e a página do Jovem Conservador de Direita no Facebook chegou até a ser eliminada por acumulação de denúncias provenientes de quem, não percebendo o alcance das publicações, se ofendeu com os seus conteúdos, ou por quem, apesar de destrinçar a intenção humorística dos textos, considera que tais conteúdos devem ser publicamente cancelados.

Se, ao início, o Jovem Conservador de Direita começou por caricaturar o estereótipo de uma certa direita – conservadora nos costumes, mas liberal na economia –, sublinhando-lhe os aspetos mais bizarros e empolando-lhe o tom grave e austero, aos poucos, a própria personagem evoluiu. O Doutor foi ganhando outras dimensões, outras nuances e texturas; ao ritmo dos acontecimentos da atualidade e das ideias que ia comentando, construiu o seu próprio imaginário e mitologia; expandiu também as plataformas em que se apresenta - além da atividade permanente nas redes sociais e do livro “A Era do Doutor”, de 2016, editam a revista “Le Docteur”, já tiveram três espetáculos ao vivo em digressão pelo país, têm um podcast semanal e ainda vão ter uma nova rubrica na Rádio Antena Vareira. Hoje em dia, mais do que uma sátira a um certo tipo de políticos, o Doutor é um comentador das notícias que marcam a atualidade e dos seus protagonistas. “É sempre mais interessante falar sobre ideias do que sobre pessoas”, partilha Bruno. “O que é mais fácil de satirizar não é obrigatoriamente o que nos dá mais prazer” e, além disso, “não somos alheios ao facto de, quando uma pessoa está a ser gozada, está também a ser-lhe dado palco e, possivelmente, a amplificar-se a sua mensagem. Isso tem sido uma preocupação nossa”.

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