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“É uma grande responsabilidade” desempenhar o papel de Tozé Brito

Artes

Já tínhamos estado à conversa com ele, no último verão, a propósito da sua participação numa série televisiva japonesa. Poucos meses depois, regressou às luzes da ribalta. Eduardo Breda, ator que tem as suas raízes em Aveiro, é um dos protagonistas do filme “Bem Bom”, que evoca a história das míticas Doce e cuja estreia está agendada para junho.

O ator que se fez velejador na região de Aveiro – mais concretamente no Clube de Vela da Costa Nova – falou à Aveiro Mag sobre o grande desafio de fazer de Tozé Brito, em particular, e sobre a experiência de trabalhar com a realizadora Patrícia Sequeira.

Como surgiu a oportunidade para integrar o elenco de Bem Bom”?

A oportunidade surgiu em setembro de 2019. Se não estou em erro, foi no final desse mês que me enviaram os textos para casting e pediram para gravar uma selftape. A resposta veio mais tarde, a meio de Outubro.

Quando recebi a notícia: estava a ensaiar o espectáculo Doença da Juventude no Teatro Aberto, encenação da Marta Dias. Como é obvio fiquei super entusiasmado. É um projecto ambicioso. Curiosamente, nessa mesma altura estava a ensaiar com a Carolina Carvalho, que dá corpo e voz a Lena Coelho, uma das protagonistas do filme BemBom.

Há quanto tempo andam a filmar?

Em Dezembro de 2019, tivemos um período de ensaios orientado pela Ana Padrão. As filmagens foram durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2020.

O período de ensaios, que decorreu em Dezembro, foi importante para criar conexão entre todos. Durante esse período, para além das improvisações, fizemos um trabalho de contextualização, lemos várias reportagens da altura, vimos fotografias, ouvimos as músicas. Foi um momento de partilha e descoberta.

Como é que tem sido trabalhar com essa equipa? E com a Patrícia Sequeira em particular?

Estamos a falar de um projeto que consegue reunir na mesma equipa pessoas de enorme talento. De uma ponta à outra: elenco, equipa de produção, realização, adereços e figurinos, técnicos, etc. . É impossível nomear cada um dos elementos, porque as coisas foram pensadas para funcionar num todo. Como numa banda.

A Patrícia é uma pessoa muito atenta, exigente e procura que toda a equipa esteja focada e implicada no trabalho. A presença dela no platô instala logo um ambiente de grande concentração. É contagiante o entusiasmo da Patrícia: ela gosta de ver o trabalho de ator; é exigente e só avança para a cena seguinte depois de assegurar que as coisas estão bem feitas. Aprendi muito com ela. Mesmo com este nível de exigência, consegue ser uma pessoa muito extrovertida, com grande sentido de humor e com quem conseguimos falar de tudo.

É uma grande responsabilidade fazer de Tózé Brito? Conhecia o seu percurso?

É uma grande responsabilidade, sem qualquer dúvida. Estamos a falar de alguém que fez muito pela música em Portugal. Como ator, encaro todos os trabalhos com muita dedicação e estudo. Cada trabalho que faço, faz-me explorar uma determinada época, geração; convida-me a ser curioso. E eu acho isso apaixonante.

Neste caso, fiquei entusiasmado por pertencer a um projecto que me fez explorar a história da música durante os anos 70, 80 e 90. É extraordinário. Temos coisas inacreditáveis. Encontrei bandas absolutamente geniais.Conhecia algumas das bandas das quais o Tozé Brito fez parte (direta ou indiretamente), mas não dominava o seu percurso, não conseguia traçar os pontos todos com a clareza de agora.

Tive o privilégio de me encontrar com o Tozé Brito antes das gravações. A conversa foi bastante fluída e nem demos pelo tempo passar. Falámos de tudo: sobre o processo de criação das Doce, sobre a a história da música em Portugal em comparação com o que acontecia nos outros países, partilhámos as bandas que andávamos a ouvir; foi um momento muito empático.

O que é que o público pode esperar deste filme?

O título do filme“Bem Bom” acaba por ser referente à canção que as Doce levaram ao festival da Canção (1982). É importante salientar que apesar de tudo também existe um lado ficcional associado à narrativa do filme. Dentro deste universo, podem esperar um filme que nos leva a conhecer personagens extraordinárias e que a determinado momento das suas vidas decidiram desafiar os tempos em que viviam, levando a música portuguesa para novos caminhos.

O foco está na garra destas mulheres e na força que tiveram durante os vários momentos que marcaram o processo de criação da primeiragirl bandportuguesa.

Ansioso pela estreia a 25 de junho?

Neste momento estou, como toda a gente, em isolamento. Vamos ver como as coisas correm. Neste momento, o fundamental é ficarmos por casa e garantir que estamos atentos a todos àqueles que estão ao nosso lado.

Mas sim, estou expectante. Durante a rodagem não via as cenas depois de as gravarmos, por isso fica sempre a curiosidade de como é que as coisas realmente ficaram. Mas mesmo que as tivesse visto, nunca podemos esquecer que o filme passa por uma fase muito importante: há um trabalho a ser feito na sala de montagem/edição… e aí tudo pode acontecer.

Bastidores (foto de João Botelho)
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