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Aveiro em transformação: O legado de Alberto Souto e Ribau Esteves

Opinião

Tiago Castro

Existem poucas coisas em que os aveirenses estão de acordo, mas uma delas é difícil de contestar: Alberto Souto e Ribau Esteves são os grandes responsáveis pela profunda transformação que Aveiro teve nos últimos 30 anos.

Recordo que Alberto Souto foi presidente da Câmara Municipal de Aveiro entre 1997 a 2005. Já lá vão 18 anos, mas o seu nome é relembrado constantemente, seja à direita como à esquerda. Por sua vez, Ribau Esteves iniciou o seu primeiro mandato em 2013 e terminará o terceiro em 2025. No total, falamos de 18 anos, mas julgo que será justo dizer que aquilo que fizeram (e faz) marcará a evolução da cidade por um longo período.

Por outro lado, o que já poucos aveirenses concordarão é que Ribau Esteves e Alberto Souto têm, na minha opinião, muito mais coisas em comum do que a distanciá-los.

É certo que o estilo é completamente distinto. Alberto Souto caiu que nem uma luva junto da “elite” aveirense. Filho da terra, de famílias com pergaminhos na história da cidade, novo e com uma carreira internacional de sucesso. Diria que Alberto Souto foi o JFK Aveirense - aliava ao charme e carisma pessoal uma cultura e inteligência do mundo. Fruto, também, de uma fase de luz e otimismo que se viva em Portugal, foi responsável por trazer uma frescura de pensamento e modernidade que Aveiro tanto necessitava.

A sua forma de pensar a cidade transformou-a em muito daquilo que ela é hoje: uma cidade que assumia, finalmente, a Ria como elemento central da sua identidade. Aveiro é hoje orgulhosa da Ria e dos seus canais. Cosmopolita, mas sem perder as suas raízes. Parece que sempre foi assim, mas não é verdade. Alberto Souto foi responsável por nos mostrar a todos aquilo que sabíamos, mas parecíamos ter esquecido. Foi responsável por recuperar os muros e limpar a sujeira que era a Ria, por recuperar e colocar de novo os moliceiros na água, por transformar uma fábrica abandonada junto a um pântano na Fonte Nova que conhecemos hoje e por fazer do Canal de São Roque um espaço de lazer para todos.

E nisto, independentemente da opinião de cada um sobre Alberto Souto, e das políticas que teve, todos deveríamos estar-lhe gratos.

Ribau Esteves.

Se Souto caiu que nem uma luva junto da “elite” aveirense, Ribau caiu que nem uma pedra.

Começou por, sacrilégio dos sacrilégios, ser de Ílhavo (como se atreve?!) - imagino que para a geração anterior à minha isso seja algo como ter um benfiquista como presidente do F.C.Porto ou vice-versa. De seguida, começou a fazer obra (como se atreve?!). Pegou na Avenida - que estava para Aveiro como o Aeroporto de Lisboa está para o país e decidiu que já chegava de estudos e planos sobre o que deveria ser feito e onde nunca, mas nunca, haveria um consenso sobre o que deveria ser feito. E fez.

Podemos todos ser muito críticos das inúmeras obras que Ribau e o seu executivo têm feito. Mas eu convivi muitos anos com a degradação crescente da Avenida, do Rossio, da Rua da Pega ou da Rua do Sal. Sim, qualquer aveirense faria muito melhor do que foi feito, mas uma coisa é inegável: face ao que tínhamos, a melhoria (Rossio depois veremos) não foi grande, foi extraordinária.

Se Alberto Souto soube perceber o que Aveiro tinha de único e pensar o crescimento da cidade a 30 anos, Ribau Esteves trouxe-lhe aquilo que o caracteriza e que quando cá chegou (ainda se lembram??) rareava: iniciativa e uma capacidade ímpar de fazer com que as coisas aconteçam.

Este mundo é complexo e ser político neste mundo ainda mais complexo é, mas podemos concordar que Aveiro é hoje uma cidade com uma enorme qualidade de vida. E não falo apenas a nível nacional, falo a nível mundial. Se a nossa extraordinária geografia, que nos oferece ria e mar, nada deve aos nossos políticos, já o facto de vivermos numa cidade segura, com emprego, com uma universidade pujante e que tem conseguido (dificilmente, bem sei) equilibrar os interesses e pressões turísticas com a sã vivência daqueles que vivem todos os dias por cá, devemo-la aos políticos e agentes locais.

Aveiro, com todos os problemas e desafios que enfrenta e com todos os erros que foram cometidos (sim, não devíamos ter gasto tantos €€€ num estádio; sim, o Rossio não deveria ter estacionamento subterrâneo; e, sim, deveria haver lugar para as bicicletas na nova avenida) é hoje uma cidade fantástica para se viver e que tem evoluído de forma muito positiva.

Bem sei que reconhecer e atribuir méritos é muito pouco português e que elogiar políticos, então, é mesmo impopular, mas irrita-me a crítica fácil e constante daqueles que optam sempre por ver, apenas, o lado negativo das coisas.

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