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Rumo ruminante

Opinião

Agora em Palavras

Liliana Macedo

A sociedade atual é composta por uma cadeia de ruminantes ligada a uma base, não muito azotada, de apatia. O pessoal ouve uma crítica e não avança, fica ali a mastigar e engolir aos bocadinhos. Quando já a vaca está fria, volta o alimento à boca, mais uma ronda a mastigar o assunto. Acho que é mesmo falta de pastos mais verdes ou, se calhar, é mesmo falta de pernas para procurar novos campos.

Depois, temos vários tipos de vacas.

As leiteiras que, coitadas, são sugadas até ao tutano até já não terem mais leite por onde regar o assunto, seguidas pelas de carne fresca e boa, que pouco tempo duram. Andam por aí livremente uns meses para a engorda e, quando o corpo está cheio o suficiente… é hora da carnificina que o povo tem é de comer, afinal o bonito não alimenta, ou pelo menos não alimenta mais do que alma e essa? Questiono-me se somos mesmo dotados de tal. Por fim, os pobres vitelos. Mal viram a luz do dia e já se veem consumidos por todo o ciclo de eterna ruminação. (Não) há escolha.

A mim, cria-se uma azia com tanto refluxo gástrico. Por vezes, penso que nem um estômago tenho, quanto mais quatro. Sim, porque é preciso estômago para aguentar o que se ouve e vê sair destas bocas da atualidade.

Os pastos devem ter sido clonados, porque o que se consome sabe sempre ao mesmo e basta uma pequena praga de gafanhotos que não há nada que sobreviva. Há sempre um inventor aqui e ali que pega no leite e lá faz um queijo mais curado, de sabor forte e picante, para ver se lava o palato das gramíneas já sensaboronas. Até que disfarça a insatisfação, no entanto o colesterol anda alto e não se pode abusar desses lípidos, deve ser por isso que há falta de energia nestes corpos.

O que é certo, é que estas pastagens estão de passagem, há que consumir até não haver mais. Precisa-se de um Teseu que nos venha libertar dos Minotauros desta vida. E porquê esperar, se podemos tecer o nosso próprio labirinto, se podemos agarrar-nos a Adriadne e descobrir o caminho. Não será tempo de desenrolar o novelo e tricotar novos pastos?

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