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André Apolinário: os seus pratos já conquistaram o rei holandês

Gastronomia

O que pode levar um aveirense a ser incumbido de cozinhar para o rei e a rainha da Holanda? A história é simples, mas para a contar é preciso fazer uma longa viagem, atravessar o oceano Atlântico e aterrar numa ilha das Caraíbas, mais concretamente em Bonaire. É lá que André Apolinário, de 45 anos, vive e trabalha, desde 2007. Nascido e criado em Aveiro, trocou a arquitetura pela vida de empresário turístico, liderando dois projetos que têm vindo a marcar a diferença naquela ilha holandesa.

Aqueles que estão mais atentos ao mundo do desporto, em particular ao futebol e ao basquetebol, deverão lembrar-se bem do seu nome e do seu rosto. Jogou basquetebol no Esgueira e esteve ligado à direção do Beira-Mar. Sócio auri-negro “desde pequenino” – o seu pai foi presidente do clube aveirense – foi, portanto, com orgulho que viu o Beira-Mar garantir, recentemente, o regresso aos campeonatos nacionais.

Em 2004, por ocasião do Campeonato Europeu de Futebol, foi convidado a assumir as funções de diretor do Estádio Municipal de Aveiro, experiência que lhe deixou saudades. “Foi muito giro, o ambiente era fantástico e a equipa era muito jovem”, recorda. Agora, de cada vez que regressa a Aveiro, depara-se com um recinto desportivo em constante declínio. “Sempre achei que o projeto era exagerado, de qualidade duvidosa”, avalia, num raciocínio que junta os seus conhecimentos de arquitetura à experiência no mundo do desporto.

Licenciou-se na ESAP, no Porto, e ainda chegou a dedicar-se em exclusivo à arquitetura durante vários anos. “Tive um escritório em Aveiro. E também em Bonaire. Mas, tanto cá como lá, a crise do setor imobiliário levou a que o trabalho escasseasse”, explica. O gosto pela atividade mantém-se e, volta e meia, desenvolve alguns projetos.

Ligado a Bonaire desde 1983

A ligação de André Apolinário a Bonaire já não é de agora. “O meu pai vivia na Venezuela e, em 1982, foi convidado a ir a Bonaire ver a possibilidade de fazer negócio. Apaixonou-se pela ilha”, introduz. Um ano depois, começou a levar a família de férias para Bonaire e, assim que se estabeleceu por lá, aquela ilha começou a ser a segunda casa destes aveirenses.

“Em 2000 comecei a intercalar e, no final de 2007, Bonaire passou a ser mais a minha casa”, conta André Apolinário. Com a crise na construção civil – e consequentemente na arquitetura -, dedicou-se a um bar-restaurante que a família tinha na ilha “há mais de 20 anos”. “Quando dei por mim já estava, inclusive, na cozinha a substituir algum trabalhador”, repara.

Foi obrigado a fechar portas, contra a sua vontade, na sequência de uma ação de despejo por parte do senhorio. Doeu-lhe ter de dar por terminado um negócio da família, confessa, mas não tardou a transformar um momento de crise numa oportunidade. Comprou um camião e criou o primeiro food truckde Bonaire, de seu nome “Kite City”. Kite, da parte da praia onde começou por instalar-se; City, da parte do bar que André Apolinário e a família foram obrigados a fechar (“City Café”).

O “Kite City” não tardou a conquistar turistas e residentes, muito por força da aposta “em peixe fresco”, realça. André Apolinário não tem estado sozinho nesta aventura e na hora de se regozijar com o caminho que tem vindo a trilhar em Bonaire faz questão de enaltecer Nuno Umbelino, o seu sócio, português originário da Marinha Grande. Juntos, além da aventura do food truck, decidiram, também, comprar um veleiro histórico e colocá-lo ao serviço do turismo. Chama-se “Aqua Space”, é um trimarã, com fundo panorâmico, e passa, agora, os dias a navegar, cumprindo “programas de sunset, brunch, mergulho, barbecue”, adianta o empresário aveirense.

Seja a que horas for, uma viagem no “Aqua Space” tem de ter sempre “essa componente gastronómica”. Os passageiros gostam e André e Nuno têm um fraquinho pela cozinha. Do seu currículo consta já a experiência de cozinhar para o rei e para a rainha da Holanda. “Pelos vistos, fomos testados por um dos agentes de segurança da família real, que terá comido, vários dias, no camião. Depois, surgiu o convite para irmos cozinhar para o rei e a rainha”, enquadra o aveirense.

Apesar de adorar Bonaire, André Apolinário admite regressar a Portugal e, quem sabe, estabelecer-se em Aveiro. “Talvez para fazer algo relacionado com o turismo”, admite, Por ora, as atenções estão centradas no food truck, no barco e num projeto que anda a congeminar. “Gostava de fazer algo que juntasse arquitetura e hotelaria. Vamos ver”, atira.

André e Nuno (e restante equipa) com o rei e a rainha
O Aqua Space a navegar
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