O município de Albergaria-a-Velha inaugurou, na passada semana, o novo sistema de partilha de bicicletas elétricas eMOBA, que preconiza uma nova cultura de mobilidade no concelho, mais saudável e amiga do ambiente.
Na inauguração, que decorreu na última quarta-feira, dia 4, esteve presente Sofia Bento, Coordenadora da Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa do IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes.
O sistema eMOBA surge no âmbito da candidatura submetida ao Aviso n. º5/2023 - Apoio à Promoção de Transporte Público e Capacitação das Autoridades de Transportes, tendo o município obtido um financiamento de 51 mil euros para um investimento total de cerca de 130 mil euros.
No Salão Nobre dos Paços do Município, António Loureiro, Presidente da Câmara Municipal, referiu o trabalho que a Autarquia tem desenvolvido na área da mobilidade suave e da promoção da bicicleta desde 2018, tendo destacado a inclusão de ações de promoção do uso da bicicleta nos vários ciclos de ensino, a disponibilização de cargo-bikes no Mercado Municipal – A Praça para o transporte de compras, a criação da Box MOBA, onde se disponibilizam 30 bicicletas para utilização gratuita da comunidade, a criação de 10 km de ciclovias no Concelho e a requalificação urbana, com enfoque nas acessibilidades (eliminação de degraus, rampas, passeios mais acessíveis).
O eMOBA representa, assim, mais um passo na estratégia municipal para o desenvolvimento sustentável, estratégia esta reconhecida, recentemente, com a atribuição do Galardão Bandeira Verde ECOXXI 2024, tendo o Município ficado posicionado entre os 20 municípios candidatos mais amigos do ambiente.
Sofia Bento salientou que é necessário “educar para uma nova cultura de mobilidade” e que os ciclistas não devem ser colocados à parte, na medida em que todos têm o direito de usufruir do espaço público. Ao estruturar a cidade para a mobilidade ativa, criando condições para as pessoas andarem a pé e de bicicleta com a maior comodidade, está-se a apostar na qualidade de vida. “Temos de promover pessoas e não carros”, referiu, pelo que é necessário inverter a forma como se pensa a cidade.