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Eduardo Breda, o ator que aprendeu a superar desafios nas águas da Costa Nova

Sociedade

Acaba de viver um momento marcante na sua carreira mas isso não é justificativa para deixar de pensar em novos projetos, novos papéis, novos desafios. Eduardo Breda, que desempenhou o papel de Francisco Lázaro numa série televisiva japonesa, reconhece que “vestir” a pele do atleta que morreu nos primeiros Jogos Olímpicos com participação portuguesa (1912) foi um grande desafio. Nada que assuste o ator de 29 anos e com fortes ligações à região de Aveiro.

Natural do Porto, foi em Aveiro que passou grande parte da adolescência. “Foi aqui que fiz grandes amizades, onde aprendi a nadar com o professor Atita, na Ria de Aveiro. Muitas vezes contra a corrente”, recorda. Foi também em terras aveirenses que aprendeu a andar de bicicleta. “Onde caí e aprendi a levantar-me. Muitas das cicatrizes que tenho no corpo são de aventuras que tiveram lugar na Costa Nova ou na Praia da Barra”, lembra.

“A minha família sempre esteve relacionada com esta região. Principalmente o meu avô, Joaquim Vieira Lousinha. Talvez por isso,os meus pais fizeram questão de nos aproximar desta cidade. A mim e às minhas duas irmãs. Somos os três muito contaminados pelo sal desta região. Temos isso em comum”, testemunha, em entrevista à Aveiro Mag.

Foi também na região que o agora ator de teatro, cinema e televisão se fez velejador. “O Club de Vela da Costa Nova é um lugar muito importante para mim. É um lugar que me orgulho muito por ver a crescer. Trago comigo valores muito importantes eque meforam transmitidos pelos meus treinadores, na altura”, aponta. “Foram eles que me ajudaram a superar grandes desafios. A ir para o mar mesmo quando as águasestão agitadas. Mesmo quando as rajadas de vento nos fazem tremer os joelhos. Essa aprendizagem permanece comigo, desde então”, testemunha.

O que mais lhe agrada em Aveiro?“Muito rapidamente? A rebentação forte das ondas da praia da Costa Nova. O cheiro a mar. O som das ondas a rebentarem na areia. É muito característico”, enumera. Sempre que está pela cidade da ria, gosta de fazer longos passeios junto aos canais. “Trago sempre a câmara fotográfica comigo, porque sinto que é uma boa maneira de me relacionar com as coisas. O meu olhar fica mais atento e reparo em cada detalhe da cidade. E como é bonita! Sinto que a pulsação da cidade está mais forte”, avalia.

Eduardo Breda também já passou pela região em trabalho e isso deixou-lhe memórias positivas. “Tive a possibilidade de fazer aqui um espetáculo, o PelaÁgua, de Tiago Correia, no 23 Milhas, e fiquei muito entusiasmado com a adesão das pessoas”, declara, confessando que “gostava de desenvolver mais projetos nesta zona do país”.

Filmagens em Estocolmo e no Japão

Foi em janeirodo ano passado que Eduardo Breda começou a desenhar aquele que viria a ser um grande desafio profissional. Surgiu a oportunidade de fazer um casting para a série japonesa“Idaten: Tokyo Olympics Story” e, muito embora estivesse a ensaiar um espectáculo no Porto, aproveitou uma folga para rumar a Lisboa e participar na audição. “A resposta veio mais tarde, em meados de junho. Como deve imaginar, fiquei muito entusiasmado. É realmente uma oportunidade única”, declara.

Antes de assumir o papel de Francisco Lázaro, o ator não conhecia a sua história ao pormenor. “Já tinha ouvido falar de um certo desportista que tinha feito um percurso atípico. Alguém que durante a maratona decidiu colocar sebo de porco antes de uma prova. Masnãolhe atribuía um rosto, nem conhecia muito bem a história”, admite. “Tudo se tornou mais claro durante a construção das cenas”, prossegue, a propósito da vida do atleta que caiu enquanto corria a maratona, debaixo de um calor abrasador, morrendo no dia seguinte.

As gravações repartiram-se entre Estocolmo e o Japão, locais que Eduardo Breda ainda não conhecia. “Em Estocolmo, gravámos todas as cenas de exterior. Foi um privilégio trabalhar com uma equipa internacional. Logo no primeiro dia de gravações já estava a partilhar o meu trabalho, a minha biografia com tantas outras pessoas de outras nacionalidades”, testemunha.

Ainda assim, em Estocolmo “o trabalho acabou por ser mais intenso, no que diz respeito à preparação física”. “Gravámos muitas cenas da maratona. Tudo no exterior. Repetíamos, mudávamos de sítio, repetíamos, mudávamos de sítio. E foi isto durante duas semanas, debaixo do sol quente. Tal qual Lázaro”, desabafa.No Japão, “as coisas foram mais calmas”, conta, revelando que decidiu aproveitar a viagem, ir uns dias mais cedo e ficar a conhecer Osaka, Nara, Kyoto, Miyajima, Hiroshima, Tokyo. “Uma grande experiência de sabores, cheiros e paisagens”, ilustra.

 

Novos projetos já em setembro e outubro

Além da televisão e do cinema, Eduardo Breda tem trabalhado muito na área do teatro. É nela que está a trabalhar neste momento, com dois projetos que estão prestes a serem apresentados ao público. “Neste momento, estou a criar o meupróximoespetáculo, o Kobudai(estreia em setembro, em Montemor o Novo) e estou a ensaiar A Doença da Juventude(estreia em outubro, no teatro Aberto)”, desvenda.

Outros trabalhos na calha? “Ainda este ano gostava de realizar uma curta. Tenho relizado vários documentários e começo a ter muito interesse em criar uma ficção. Em princípio, se tudo correr bem, é algo que vá acontecer mais para o final do ano”, revela, em entrevista à Aveiro Mag.

Eduardo Breda confessa ter muita vontade para continuar a desenvolver novos projetos. “Tenho, na gaveta do meu quarto, um pequeno caderno castanho onde escrevo ideias para proximos espetáculos e curtas. Gostava de os experimentar, de os colocar à prova”, testemunha.

“Por outro lado, também quero continuar a trabalhar com encenadores diferentes. Gostava de manter essa dinâmica. É muito interessante ver o processo de evolução como ator, quando voltas a trabalhar com um encenador/criador cinco anos depois”, conclui.

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