O concurso público internacional para requalificação do Largo do Rossio, em Aveiro, e que engloba também a concessão do serviço público do parque de estacionamento subterrâneo, foi agora revogado pelo executivo municipal, já que nenhuma das cinco propostas apresentadas cumpriu os preceitos legais para a sua adjudicação.
Apesar dessa contrariedade, a câmara municipal de Aveiro mantém a sua intenção de promover aquelas obras, "reforçada pela nova realidade que estamos a viver desde março de 2020, com a gestão do combate à pandemia do coronavírus/covid-19" e "para apoiar e relançar a atividade social e económica do município".
A autarquia decidiu, assim, lançar um novo concurso - procedimento já aprovado, esta segunda-feira, em reunião camarária (os vereadores do PS votaram contra.) Para execução da obra, o valor de referência passa para 11,7 milhões de euros (mais IVA), sendo que os concorrentes têm de apresentar um valor mais baixo do que esta estimativa do concurso, assim como têm de pagar pela concessão do parque de estacionamento um valor mínimo de 2,5 milhões (durante a obra).
Este valor é cerca de 1,9 milhões de euros mais elevado que o do primeiro concurso "e surge de uma revisão ao projeto, da avaliação das propostas do primeiro concurso, dos preços e das dinâmicas atuais do mercado da construção civil, tendo as seguintes proveniências principais: 840 mil euros da arquitetura (qualificação da superfície), 200 mil euros do movimento de terras e 700 mil euros da estabilidade (estruturas da cave)".
“O gabinete projectista fez um mau trabalho”, acabou por concluir João Sousa, vereador do PS, já depois de ter lançado a pergunta: “foi em seis meses que tudo se alterou?”. A este reparo os socialistas juntaram o argumento de sempre. Ainda que sejam a favor da qualificação do jardim do Rossio, contestam a construção do parque de estacionamento em cave.