86 milhões de euros é quanto a sociedade RiaViva e Litoral da Região de Aveiro, S.A., herdeira da Polis Ria, irá investir na região, com especial enfoque na proteção da zona costeira e lagunar contra os efeitos do avanço da água salgada. Investimentos a realizar nos próximos cinco anos, conforme foi anunciado esta sexta-feira, numa sessão que decorreu no Cais da Ribeira da Aldeia, em Pardilhó, e contou com a participação da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
Depois da Polis Ria de Aveiro ter investido um total de 73 milhões de euros - em que as maiores fatias foram para a defesa costeira e operações de dragagem dos canais -, a nova sociedade promete olhar para os problemas da erosão costeira e da amplitude das marés com especial atenção.
A atuação da RiaViva será também alargada a ações de requalificação e valorização dos principais rios da região – Vouga, Águeda, Cértima, Levira, Boco e Antuã –, preparando o território para os desafios impostos pelas alterações climáticas. Além disso, a área de intervenção da nova sociedade será expandida ao município de Anadia, passando a coincidir com a da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, integrando ainda as Barrinhas de Esmoriz e de Mira.
“As intervenções previstas para este território estão perfeitamente alinhadas com os objetivos do governo, nomeadamente, os objetivos que decorreram da Lei Europeia do Restauro da Natureza”, declarou a ministra, na sessão desta sexta-feira.
Todo este plano de ação será financiado pelo capital social da sociedade – composta pelo Estado e pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro –, pelos Fundos Comunitários do Portugal 2030 (através dos Programas Operacionais Ação Climática e Sustentabilidade – PACS, MAR2030 e Programa Regional do Centro 2021-2027) e pelo Fundo Ambiental.