A empresa OLI ofereceu três ventiladores ao Hospital de Aveiro. A entrega do equipamento, cujo valor de aquisição ascendeu a 55 mil euros, decorreu esta quarta-feira, na unidade hospitalar. Um contributo que vem juntar-se à produção e oferta de viseiras a unidades de saúde e instituições que a OLI tem vindo a concretizar deste o passado mês de abril.
“Já tínhamos participado na primeira vaga e agora conseguimos dar o nosso contributo de forma mais estruturada e optámos pela doação destes três ventiladores”, enquadrou António Ricardo Oliveira. “Também fizemos outro tipo de contributos na Rússia, Alemanha e Itália, onde a OLI tem empresas, mas o contributo de maior valor foi aqui, porque é onde efetivamente empregamos mais pessoas. É o hospital que nos assiste, onde alguns de nós nascemos e ao qual recorremos quando estamos doentes”, reforçou.
Ao longo dos últimos meses, desde que deu início à produção e entrega de viseiras, a OLI já produziu cerca de 150 mil viseiras, das quais 100 mil foram entregues a instituições portuguesas. “Para o Hospital de Aveiro foram cerca de 2.000, mas as entregas chegaram a muitas IPSS´s, lares e até pequenos negócios que não tinham a quem recorrer”, notou António Ricardo Oliveira.
A administração da empresa mostra-se disponível para reativar esta entrega de viseiras caso venha a ser necessário. “Neste momento, não estamos a receber solicitações de Portugal, mas de Espanha, onde a situação já começou a agravar-se, sim”, disse, reparando que a OLI consegue produzir cerca de 4.000 viseiras por dia.
Sentido de participação comunitária
Margarida França, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), agradeceu a oferta da OLI, reconhecendo que a importância do gesto vai muito para além do valor do equipamento. “Tem este sentido de participação comunitária e este sentido de que estão atentos ao que estamos a fazer para darmos a melhor resposta à comunidade que servimos”, destacou.
Neste momento, o centro hospitalar aveirense conta já com mais de 20 ventiladores e tem vindo a preparar-se para fazer face a uma segunda vaga da pandemia. “Já fizemos uma mudança de todo o serviço de Medicina Intensiva, porque também contamos começar aqui as obras de construção da nova unidade de cuidados intermédios e alargamento dos cuidados intensivos; criámos camas para doentes Covid; também encomendámos um contentor para alargamento do espaço de urgência; aumentámos o pessoal”, especificou Margarida França.