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Férias grandes (ou grandes férias?)

Opinião

Alexandra Monteiro *

O terceiro período vai começar em casa para mais de 2 milhões de crianças e mais de 2 milhões de pais. A pandemia COVID fez mudar tudo o que conhecíamos, e a escola foi (apenas) uma delas.

Amanhã começa o período escolar mais injusto, mais desigual e mais desequilibrado da nossa história. Para muitos será talvez o melhor e mais capacitante, com uma aprendizagem equilibrada, organizada e inovadora. Para outros, um desafio a superar, com algumas pedras no caminho, mas alguns castelos no final. Mas para outros, a impossibilidade total, o desacompanhamento, a juntar com desinteresse e impaciência resultarão num final desastroso. E a diferença entre estes cenários tão distintos será da responsabilidade dos pais, tios ou familiares que acompanham estas crianças. Mais do que as próprias. Sim, porque não será a telescola, com 1 hora/dia que irá fazer a diferença...

Dizem que não há soluções perfeitas. É muito provável que não.

E não haverá propostas perfeitas também. Mas tenho uma que não me sai da cabeça.

Se a curva do bom comportamento nesta pandemia está a mostrar bons resultados, porque não esperar e reavaliar o nosso comportamento (e o do vírus, claro!) em maio e reiniciar o período escolar em junho?! Pensar neste período como umas férias diferentes em vez de umas férias (tão) grandes, com início em março e que só terão fim em setembro (?!). Será isto bom para os mais pequenos, ou mesmo, arriscaria a dizer, o que eles gostariam? As maiores saudades da minha filha, aluna do 1º ciclo, são de estar com os amigos na escola. Estou certa de que se lhe desse a escolher iria para a escola em Junho e Julho contente da vida. E os pais, em teletrabalho (e tele-educação), poderiam começar finalmente a trabalhar - a sério e devidamente - e não num part-time que consome a alma e alimenta o espírito da culpa porque o teletrabalho não coabita na mesma casa que o da educação.

Por outro lado, e segundo especialistas em saúde e epidemiologia é essencial criar imunidade de grupo para não cometermos outro suicídio económico no próximo inverno. Sendo as crianças (sem pré-condições clínicas) o grupo de população mais resistente ao vírus, fará sentido serem elas as primeiras a ganhar esta imunidade, tudo num ritmo desacelerado, ajustado e monitorizado.

É provável que o final deste período, que agora começa, termine, para os que podem, em alguns meses de ATL, e isso será juntar um final desigual ao período mais desigual, e com as maiores férias, da nossa história.

* Investigadora na Universidade de Aveiro Mãe criança no 1º ciclo
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