Foi já assinado o contrato de concessão, reabilitação e exploração turística do Forte da Barra, situado em Ílhavo. A empresa AM + PM ganhou o concurso lançado ao abrigo do programa Revive e irá, agora, avançar com a qualificação daquela fortificação com fins turísticos.
Ainda sem adiantar todos os pormenores relativamente ao projeto que irão desenvolver, Álvaro Melo e Paulo Matos, responsáveis pela empresa, acreditam no “potencial” daquela infra-estrutura e da própria zona onde está inserida (virada para a Ria e com ligação ao Jardim Oudinot).
O investimento previsto ascende a 5,6 milhões de euros, sendo já certo que culminará com um empreendimento ligado “ao alojamento e restauração”. A sua conclusão está prevista para daqui a três anos e meio.
O Forte da Barra de Aveiro, recorde-se, é uma fortificação do tipo abaluartado, edificada no século XVII, no período pós restauração. A sua recuperação representa “a concretização de um sonho”, destacou Fernando Caçoilo, presidente da autarquia ilhavense, na cerimónia realizada esta quinta-feira, na sede da Administração do Porto de Aveiro (APA). Precisamente, “nove meses depois” de ter sido oficialmente lançado o concurso, recordou Fátima Alves, presidente da administração da estrutura portuária aveirense.
Presente na sessão, tal como há nove meses, esteve a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, desta vez acompanhada da secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira. “Estamos a devolver este forte aos cidadãos”, frisou Ângela Ferreira.
Projeto de S. João da Madeira também avança
Esta quinta-feira foi também assinado o contrato de concessão para a reabilitação e exploração turística do Palacete dos Condes Dias Garcia, em S. João da Madeira. O imóvel foi entregue, por 50 anos, à Hoti Star – Portugal Hotéis, S.A., que apresentou a proposta vencedora no concurso, para a exploração de um estabelecimento hoteleiro de 4 estrelas.
Tanto o Forte da Barra como o Palacete dos Condes Dias Garcia vão ser recuperados ao abrigo do Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, com a colaboração das autarquias locais e a coordenação do Turismo de Portugal.
O principal objetivo é promover a recuperação de imóveis públicos de elevado valor patrimonial que não estão a ser usufruídos pelas comunidades, através da realização de investimentos privados que os tornem aptos para afetação a uma atividade económica lucrativa, com vocação turística.
* Créditos da foto: Margarida Malaquias