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Em época de Páscoa, as ruas de Aveiro enchem-se de turistas

Região

Aveiro está na moda – já aqui o escrevemos e voltamos a escrever. Não é por acaso que a revista The Timesa destaca como uma cidade a visitar, afirmando que este “simpático porto”, não raras vezes comparado a Veneza, é mais romântico e tem melhor comida e preços mais simpáticos do que a famosa cidade italiana.

Este ano, no período da Páscoa, a cidade dos moliceiros e ovos moles enche-se, uma vez mais, de turistas sedentos de uma experiência de turismo genuína, vindos em grande número de Espanha mas também do Brasil, França e outros cantos do mundo (e Portugal). O turismo local agradece e os visitantes, esses, levam consigo memórias felizes de uma cidade poisada à beira mar.

Boa Páscoa, bom negócio

Para o setor hoteleiro, a Páscoa é uma época muito bem-vinda. No Hotel Aveiro Palace, diz Castro Ribeiro, já se faz sentir a “enchente” característica da época. Com uma taxa de ocupação de 90% (de quarta-feira a domingo), o diretor aponta que, este ano, se verifica uma melhoria em relação a 2018, sublinhando que, da lista de hóspedes, constam maioritariamente nomes espanhóis. Estes vêm já por “tradição”, diz, e pelos escassos quilómetros que separam Aveiro de vários pontos de Espanha.

Também o Salinas e o Moliceiro, dois dos mais conhecidos hotéis da cidade, se encontram quase preenchidos nesta época, em grande parte por turistas espanhóis e com uma forte presença de brasileiros. Segundo Rute Soares, rececionista do Hotel Salinas, o facto de a cidade ser pequena é um dos seus maiores atrativos para quem vem de fora. “Faz com que a possam visitar a pé e em poucos dias”, diz.

Como não poderia deixar de ser, na lista de recomendações de todos os hotéis, encontra-se o passeio no típico barco Moliceiro, um clássico que muitos turistas apontam como um dos pontos altos da visita a Aveiro. Miguel Vergas, gestor de bancada comercial da Aveiro com Paixão, diz que, nesta altura, as três embarcações da empresa transportam cerca de 550 turistas por dia, número generoso que faz desta uma época alta para o negócio. Entre eles, são muitos os espanhóis e brasileiros, seguidos de franceses, alemães e ingleses.

Há mais formas de conhecer Aveiro, porém. Cada vez mais se veem passear pela cidade os tuk tuks, meio de transporte importado da Ásia, que aqui se revela bastante prático e, por isso, popular entre turistas. A Aveiro Tuk Tours, dedicada a dar a conhecer a cidade através deste veículo peculiar, tem também mais reservas para esta altura do ano, em grande parte feitas por turistas de Espanha e França. Daniel Rocha, que gere a empresa, afirma, porém, que a época baixa já pouco se faz sentir e que, por isso, a diferença entre Páscoa e o resto do ano é agora menor – por boas razões. “Aveiro é uma cidade que o turismo está a conseguir reanimar”, garante, com satisfação.

O passeio mais popular de tuk tuké o chamado “mini roteiro”, que tem início no Jardim Rossio e passa por importantes pontos da cidade, como o Museu de Santa Joana, a Catedral de Aveiro, as salinas, a Capela de São Gonçalinho e o Cais dos Botirões, tendo, pelo meio, uma degustação de ovos moles no Bairro da Beira-Mar.

Por sua vez, no que diz respeito aos famosos souvenirs, são também muitas as lojas cujos lucros aumentam com a chegada da Páscoa. Aninhada nos famosos arcos erguidos no coração da cidade, a loja da Associação de Artesãos da Região de Aveiro – A Barrica, inaugurada em 1984, é um dos inequívocos espaços a visitar por quem procura levar para casa peças autênticas como recordação. Na loja desde 1989, Evaristo Silva, presidente da associação, conta que, na quadra pascal, as visitas ao espaço aumentam e, com elas, as vendas, acrescentando, porém, que tal só se comece a verificar, geralmente, a partir de quarta-feira. Por entre presépios, cerâmica e peças regionais várias, Evaristo sublinha que é no evento realizado no Mercado do Peixe – este ano de 18 a 28 de abril – que a associação mais vende.

Faça chuva ou faça sol – será?

A resposta, por parte de quem trabalha no setor do turismo, é unânime: o estado do tempo influencia grandemente a afluência de turistas à cidade.

Castro Ribeiro, do Hotel Aveiro Palace, aponta a distância entre Portugal e Vigo como um pau de dois bicos. Se, por um lado, se afirma como uma vantagem para atrair turistas espanhóis, por outro, faz com que as condições meteorológicas tenham sempre grande peso na sua vinda efetiva, uma vez que, se más as previsões, há quem cancele a estadia. Rute Soares, do Hotel Salinas, acrescenta ao problema do cancelamento também o do encurtamento da visita por parte de turistas espanhóis.

Ainda assim, são muitos os que vêm – faça chuva ou faça sol – e exploram a cidade com condições meteorológicas menos boas. Nas palavras de António Pedro, da Aveiro Tuk Tours, “turista que é turista tem impermeável”, não se deixando intimidar pela chuva.

O que dizem os turistas?

O espanhol é o que mais se faz ouvir mas são vários os idiomas que ecoam pela calçada portuguesa no coração da cidade e muitos os que se dedicam a explorar o vasto património não só arquitetónico e cultural – dos museus aos edifícios de Arte Nova – como natural e gastronómico.

Mercedes, vinda de Madrid, já conhecia a cidade e, por isso, convenceu a família, de Cáceres, a juntar-se a ela numa escapadinha de Páscoa à cidade da Ria. “É, sobretudo, uma cidade muito acolhedora”, diz, fazendo questão de elogiar a simpatia das pessoas e a gastronomia local.

Junto ao Mercado Manuel Firmino, com Bugas em mão, Myeongkwan Kang e Symyang Heo, da Coreia do Sul, confessam-se rendidos, também eles, aos sabores portugueses. O bacalhau surge em primeiro lugar na sua lista de preferências. Depois de uma visita à Costa Nova, onde se deixaram deslumbrar pela beleza simples das casas listadas,e um passeio de bicicleta pela cidade, irão para o Porto, de onde partirão para Sevilha. Dedicaram dez dias a Portugal na sua viagem pela Europa e dizem-se muito felizes com a decisão. “As pessoas são muito simpáticas”, dizem, “e o tempo é muito bom”.

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