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Diário de uma quarentena (parte II)

Opinião

Tiago Castro*

Escrever sobre uma quarentena num país com 9 milhões emquarentenaé, no mínimo, um título pouco apelativo para esta crónica.

Da mesma forma que escrever quando há tantos escritores (dos verdadeiros) a produzir material de qualidade de forma diária é, pelo menos, um pouco intimidante.

Mas o facto de se ter colocado "Parte I" no meu texto anterior obriga a uma continuidade. A Maria José Santana (diretora da Aveiro Mag) não me perdoaria se não o fizesse.

Mas não temam! Não vos recomendarei livros para ler. Há quem o faça melhor que eu e já o devem ter visto em milhentas publicações. Na verdade também não vos poderia falar dos livros que estou a ler porque apenas hoje chegaram. Encomendei-os naCounter Print Bookse é para aqueles que gostam de design ou simplesmente tenham dificuldade em resistir a editoras-relativamente-pequenas-que-fazem-curadoria-de-livros-bons-com-capas-e-títulos-que-de-tão-apetitosos-só-apetece-comprá-los-a-todos. Chega a ser desleal.

Mas não, não vos falarei sobre isto.

Também não vos falarei do artigo que li hoje,aqui mesmo no Aveiro Mag,daNataša Gološin(sim, tive que fazer Copy paste agora) sobre como uma ex-jugoslava vivenciou o que é o quotidiano de alguém que vive num país em guerra e as semelhanças com o que estamos a viver hoje. O que ela nos diz, tão bem e de forma tão bonita, é que estas experiências, por vezes tão dolorosas, também nos ajudam a olhar para as coisas da vida que são realmente importantes. Mas não vou escrever sobre isso também. Seria parvo escrever uma crónica sobre outra crónica e aNataša Gološinpodia não gostar (ok, só queria fazer Copy paste outra vez).

O que escrever então quando os meus dias me fazem lembrar a personagem de Bill Murray em o “Feitiço do tempo” condenado a viver o mesmo dia todos os dias? Falar-vos das minhas aulas de ginástica às 6 da tarde? Das danças latinas que hoje tinha decidido experimentar e falhei? De como o Rodrigo Guedes de Carvalho me parece um extraordinário candidato para ser o próximo Primeiro-ministro deste país? Não, disso também não falarei.

Na verdade não vos vou falar nem escrever sobre absolutamente nada. Não me podem obrigar. Só me podem obrigar a ficar em casa e se alguns de vocês ficarem chateados por terem perdido o vosso tempo a ler uma crónica que nada diz pergunto: E então, tinhas que ir a algum lado?

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